Verão na cidade de Socorro (SP) conta com atividades para toda a família
Destino reúne turismo de aventura, ecológico, rural e histórico
Hotel fazenda ecológico na cidade de Socorro
Não faltam opções de atividades ao ar livre para aproveitar o verão na estância turística de Socorro, localizada a 110 km de Campinas e 132 km de São Paulo, na Serra da Mantiqueira. Mesmo sendo conhecida como a “Cidade da Aventura”, turistas de todas as idades e de todos os estilos – não só os fãs de adrenalina – têm entretenimento garantido pela região.
Os mais aventureiros podem optar por praticar rafting no Rio do Peixe, boia cross, stand up paddle,canoagem, rapel, escaladas, arvorismo, mountain bike e down hill, fazertrekking em trilhas, grutas e cachoeiras, andar a cavalo em paisagens espetaculares, descer em tirolesas, realizar passeios ecológicos de bote,caving na Caverna do Quebra Corpo e visitar a Gruta do Anjo. Crianças e adultos ainda podem explorar a natureza de Socorro em passeios de pedalinho, triciclo,charrete e bicicleta. É também na cidade que fica localizada uma das mais longas tirolesas do Brasil, com um quilômetro de extensão, cortando os estados de São Paulo e Minas Gerais.
Já para diversão em família,pode-se optar por passar um dia no Centro de Lazer Pitauá, que além de possuir playground infantil, oferece passeios a cavalo e pescaria esportiva, em um espaço rodeado por mais de 19 hectares de natureza. O restaurante do local, que conta com um menu que preserva as raízes do interior, com pratos típicos da região socorrense, completa a experiência.
A melhor opção para quem deseja conhecer diferentes pontos turísticos da cidade em um só dia é escolher um dos roteiros da empresa de turismo receptivo Reis Turismo. Todos os passeio ssão realizados em um Caminhão Safari, que oferece conforto e segurança para todos os passageiros. São experiências históricas, rurais, culturais e ecológicas. Dentre os passeios estão um city tour com paradas na antiga estação ferroviária, em casarões do fim do século XVIII e na Igreja Matriz, uma degustação de queijos, pães caseiros e doces, com opção de andar a cavalo,visitação à cachaçaria orgânica Alambique, onde é explicado o processo de produção da cachaça, com degustação de produtos, ida ao Mirante do Cristo, com vista panorâmica espetacular de Socorro, e um dia em uma fazenda para conhecer sobre o processo de cultivo do café e provar um verdadeiro café da tarde caipira.
Mais informações sobre a cidade podem ser obtidas em www.socorro.tur.br.
A qualidade do médico que se forma em Cuba é inquestionável
Desqualificar
o pessoal de saúde cubano faz parte da campanha do presidente eleito do
Brasil, Jair Bolsonaro, para fazer implodir o programa Mais Médicos; um
argumento insólito pela sua falsidade
Estudantes da escola cubana de Medicina. Photo: Internet
«As mulheres e homens que estudam Medicina em Cuba não o fazem, como é
usual no resto do mundo, focalizados em curar doenças, mas sim em
preservar a saúde da pessoa, a família, a comunidade e até do meio
ambiente; e por isso onde quer que eles chegarem, ganham o respeito das
pessoas, devido ao seu humanismo».
Assim foi enfatizado pelo doutor Jorge González Pérez, diretor
nacional de Docência do Ministério da Saúde Pública (Minsap), durante a
primeira emissão do programa especial Mais do que Médicos, da televisão
cubana, transmitido na noite da quarta-feira, 21 de novembro.
O reconhecido especialista acrescentou que o impacto das missões
médicas no exterior é devido, precisamente, a essa visão diferente do
atendimento que tem como centro a prevenção e não ancorado no
hospitalar; que permite descobrir problemas mais gerais dos locais,
como, por exemplo, que seja a qualidade da água a que esteja afetando os
habitantes.
González Pérez lembrou que essa perspectiva responde à concepção de
Fidel sobre a Medicina; a mesma que garantiu a existência de uma rede de
universidades acessíveis aos jovens de toda a geografia nacional, com o
mesmo programa de ensino, iguais exames finais e rigor.
TRADIÇÃO DE QUASE TRÊS SÉCULOS
«Os estudantes aqui obtêm durante seis anos, além da preparação
teórica, uma forte ligação prática», explicou nesse espaço televisivo, o
doutor Luis Alberto Pichs García, reitor da Universidade das Ciências
Médicas de Havana.
O trabalho em condições reais desde o início da carreira é para o
doutor Pichs uma garantia, sobre a base de 290 anos de tradição de
ensino médico. «Todo o Sistema Nacional de Saúde é um âmbito de
formação. Somente na capital estão associados ao trabalho educativo 54
hospitais, 82 policlínicas, 17 centros de pesquisas e todas as unidades
do atendimento primário; e há mais de 12.600 estudantes», comentou o
reitor.
Disse também que o aumento da matrícula está relacionado com o
desenvolvimento dos centros de estudo – não um só como existia ao
triunfo da Revolução – mas ainda que todos tenham o direito e a
oportunidade de optar por Medicina, solo 70% daqueles que aspira
consegue ficar. Devem aprovar os exames de ingresso, e os territórios
estabelecem sua demanda de recursos humanos. E depois requer de muito
sacrifício manter-se. A maioria solicita a carreira como sua primeira e
segunda opção.
Que se faz no mundo e não em Cuba, é uma pergunta que, referiu o
doutor González Pérez, fazem frequentemente no Minsap, para garantir os
altos padrões da saúde doméstica. De tal forma, nos últimos anos foram
introduzidas 44 tecnologias que antes deviam ser utilizadas no exterior,
como algumas associadas a padecimentos cardiovasculares ou ao
procedimento de fecundação in vitro; e são convocados os melhores
peritos internacionais para capacitar o pessoal quando resulta
necessário.
Esse modo de agir, onde se combinam pesquisa e sacrifício, em um
cenário de cruento bloqueio econômico, tal e como descreveu o perito,
constitui outro dos pilares pelos que Cuba tem médicos do primeiro mundo
vestidos de sensibilidade.
Bolsonaro, Mais Médicos e um déjà vu
Por
mais de uma década, o Programa Parole, criado em 2006 por George W.
Bush, incentivou o pessoal de saúde cubano que colabora em países
terceiros a abandonar suas missões e emigrar para os Estados Unidos
O
presidente cubano Díaz-Canel relembrou no Twitter os 20 anos da Escola
Latino-americana de Medicina (ELAM); uma obra de amor que formou
milhares de médicos; entre eles, brasileiros, a quem a Associação Médica
os impede de passar no exame de revalidação do título e o acesso aos
empregos.
O presidente cubano Díaz-Canel relembrou no Twitter os 20 anos da
Escola Latino-americana de Medicina elam; uma obra de amor que formou
milhares de médicos; entre eles, brasileiros, a quem a Associação Médica
os impede de passar no exame de revalidação do título e no acesso aos
empregos.
Ano de 2013. No Brasil, a presidenta Dilma Rousseff promoveu
programas como o Mais Médicos, que previa a presença de médicos
brasileiros e estrangeiros para atuar em áreas pobres e isoladas daquele
país, iniciativa que incluiu milhares de profissionais de saúde
cubanos. Na Venezuela, o então candidato anti-Chávez, Henrique Capriles,
fazia flutuar seu discurso entre as ameaças a Havana, «pois não
financiaria um modelo político», nem «doaria petróleo», e a oferta
«desinteressada» de nacionalizar os milhares de médicos que estavam em
solo bolivariano. Eu os convidaria, declarou Capriles, «para serem
cidadãos de um país onde há democracia».
Se até agora você parece ter visto este script repetido em outros
momentos, saiba que está certo. O que o presidente Jair Bolsonaro acaba
de fazer dinamitando o Programa Mais Médicos, e com ele a garantia de
acesso à saúde de qualidade para milhões de brasileiros, recorda, pelo
menos, muitos outros ataques da direita regional à colaboração
internacional cubana.
O presidente eleito do gigante sul-americano chama o governo cubano
de «ditadura», enquanto não poupa louvores na defesa da ditadura militar
brasileira entre 1964-1985, que ainda tem na memória do país não apenas
desaparecimentos forçados e assassinatos, mas a repressão de qualquer
tipo de oposição política. Maus presságios para o Brasil, se seu novo
presidente não entender a dimensão exata do que é um regime ditatorial.
E o déjà vu ocorre quando afirma que «oferecerá asilo político aos
milhares de médicos cubanos que não desejam retornar ao seu país».
Não surpreende que estimular a deserção dos médicos seja o pano de
fundo de sua posição, num contexto em que a força de trabalho
qualificada é o maior potencial da Ilha maior das Antilhas, e onde os
médicos cubanos ou aqueles treinados em Cuba de outros os países
promovem uma imagem positiva do país, enquanto desenvolvem formas de
cooperação Sul-Sul.
Essa linha de sabotagem tem uma forte referência, além disso, no
Programa de Parole para Profissionais Médicos Cubanos, um esquema
migratório do Governo dos Estados Unidos que vigorou até 17 de janeiro
do ano passado; quando, após um ano de negociações, e encorajado pelo
início da normalização das relações diplomáticas entre Havana e
Washington, foi assinado um acordo entre os dois países com o objetivo
de garantir uma migração regular, segura e ordenada, que além do Parole,
bania a política de pés secos-pés molhados. Esta foi uma das últimas
ações tomadas pelo presidente Barack Obama.
Por mais de uma década, o programa Parole …, criado em 2006 por
George W. Bush, estimulou o pessoal de saúde cubano que colaborou em
terceiros países a abandonar suas missões e emigrar para os Estados
Unidos, uma prática repreensível que afetava não somente Cuba, mas,
portanto, os programas de saúde dos países onde eles estavam
trabalhando.
A FÓRMULA DE BOLSONARO É, ENTÃO, VELHA E CONHECIDA
«A intenção era clara: prejudicar a cooperação de Cuba com outros
países, reduzir a entrada de dinheiro na forma de pagamentos por esses
programas e drenar os médicos e outros profissionais da área médica do
país», diz o professor titular do Centro de Estudos Hemisféricos e dos
Estados Unidos da Universidade de Havana, Ernesto Domínguez López, em
seu artigo ‘Migração, fuga de cérebros e relações internacionais. O caso
dos Estados Unidos e Cuba’.
Para o pesquisador, os anos de aplicação de ambas as políticas
fizeram deles dois dos componentes mais importantes da política
migratória dos Estados Unidos em relação a Cuba, mas vai além. «Quando
localizamos este caso dentro do quadro muito mais amplo da política
geral de imigração dos Estados Unidos, observamos que atrair
estrangeiros instruídos para preencher as lacunas na força de trabalho
dos EUA tem sido uma política tradicional, refletida na existência do
visto H1B. Sob esse guarda-chuva, cientistas, engenheiros, médicos,
foram trabalhar em instituições e empresas na América do Norte, ajudando
a manter sua posição privilegiada em todo o mundo. Tornou-se um marco
para a economia dos EUA e as universidades norte-americanas», explica o
pesquisador no texto acima referido.
Domínguez López relata que existem estudos que mostram que os países
mais ricos implementaram efetivamente políticas para absorver imigrantes
qualificados, embora a pesquisa sobre o assunto ainda seja
insuficiente. «A área que recebeu a atenção mais permanente é a drenagem
de profissionais médicos de países pobres. Esta é uma questão
particularmente sensível, devido às suas implicações éticas e práticas.
De fato, a disponibilidade e a qualidade dos cuidados de saúde têm um
grande impacto nos indicadores essenciais de saúde, que são considerados
pelos estudiosos proeminentes como uma fonte fundamental de
desigualdade entre os países».
«Em seu estado atual, a fuga de cérebros não pode ser completamente
explicada a partir de uma análise global, que considera desigualdades
estruturais, redes migratórias, políticas mundiais, especialmente as
assimetrias na distribuição de poder, e mesmo a hegemonia da mídia
ocidental e cultural. São indústrias que criam imagens, percepções e
aspirações, distorcendo as interações sociais de diferentes tipos», diz
Domínguez López.
Segundo o pesquisador, o argumento em favor dessa afirmação é baseado
em uma ideia fundamental: a fuga de cérebros, como parte dos fluxos
migratórios globais, é possível devido aos níveis de desigualdade entre e
dentro dos países, como mostram vários estudos. Essas desigualdades não
são acidentais, mas componentes estruturais da ordem mundial moderna,
entendida como a hierarquia global de distribuição de poder, riqueza e
desenvolvimento, que tem sido o resultado da evolução global, segundo
enfatiza em seu artigo.
Sob essa lógica, qualquer tentativa de remover e enfraquecer um dos
recursos mais valiosos do país: seus profissionais, não é fortuito nem
acaso isolado.
Faz parte de um «claro sinal de harmonia com a política externa dos
EUA», e isso não é afirmado por Cuba, mas sim pelos aplausos públicos
que há poucos dias deu a subsecretária do Estado dos EUA para os
Assuntos do Hemisfério Ocidental, Kimberly Breier, à posição do futuro
governante brasileiro, diante do qual Cuba decidiu não continuar com a
participação de médicos cubanos no programa Mais Médicos nesse país.
NO CONTEXTO
1. A Lei do Programa Mais Médicos é clara sobre como os títulos dos
médicos são credenciados e o papel desempenhado pela Organização
Pan-Americana da Saúde, o Ministério da Saúde Pública e as universidades
cubanas de ciências médicas em sua acreditação. Os colaboradores
cubanos tiveram que passar por exames prévios antes de viajar para o
Brasil e exames periódicos durante sua estada, conduzidos pelo
Ministério da Saúde do Brasil.
2. As ofertas de revalidação de títulos são enganosas, porque a
Associação Médica se opõe a isso: no Brasil existem milhares de médicos
graduados cujos cursos não foram revalidados. De cada cem médicos que
fazem o exame, apenas oito são aprovados. Essa é a maneira de manter o
mercado de saúde privado regulado para garantir sua enorme renda: menos
médicos e mais dinheiro; daí a oposição desde o início ao Programa Mais
Médicos.
3. Médicos cubanos prestam serviços em lugares para os quais médicos
ou profissionais brasileiros e de outros países não querem ir. Eles
assumem os perigos por causa de sua vocação para salvar vidas. Eles
estão em lugares de maior risco, em comunidades de extrema pobreza, em
favelas e bairros violentos onde até a polícia não pode entrar. Eles
estão nos 34 distritos especiais indígenas e em 700 municípios que nunca
conheceram um médico antes, ao longo da história do Brasil. Até hoje o
povo e o governo os protegeram, mas essa proteção será retirada pelo
novo governo