Crônicas

As pessoas por trás da máquina de ferro

Por Gilberto da Silva

Na minha memória afetiva de criança está sempre presente o apito, ao longe, do trem. Imaginações infantis, viagens, sonhos e por consequência imaginava-me aquele senhor trabalhando para levar a locomotiva para rincões nunca conhecido.

As primeiras viagens marcadas pelo ferro, pelo aço das bitolas. Cambará (PR) – Ourinhos – São Paulo: trajetos muitas vezes demorados, oito, dez até doze horas de viagens. A primeira vez que desci na estação Julio Prestes, em São Paulo, pelas mãos do meu avô materno, inesquecível: aquele amontoado de gente nunca visto pelos olhos juvenis.

As trocas de máquinas, as mudanças nos trilhos e os sonhos de ser um maquinista. A vida e a lida nos levam para caminhos nunca dantes sonhados. Este foi só mais um sonho, sonhado acordado.

O que nunca esqueci é que ali, dentro daquela máquina, que na Grande São Paulo transportou diariamente meus sonhos, minhas dores, minhas angústias, meus amores, minhas desilusões, meus defeitos e minhas qualidades estava um ser denominado ferroviário e ao seu lado outros seres responsáveis para que tudo desse certo, mesmo nas horas em que irritados pelas demoras e atrasos, invariavelmente enlouquecíamos.

Eles e elas estão nos trilhos diariamente levando, trazendo pessoas e mercadorias para alimentar nosso corpo e nossa alma. Meus profundos agradecimentos a esses trabalhadores.

30 de abril é comemorado o dia do ferroviário
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As pessoas por trás da máquina de ferro

Por Gilberto da Silva

Gilberto da Silva é jornalista, professor (sem aulas…) e sociólogo da Prefeitura do Município de São Paulo. Graduado em Jornalismo pela FIAM e Ciências Políticas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero. É editor do site Revista Partes

Na minha memória afetiva de criança está sempre presente o apito, ao longe, do trem. Imaginações infantis, viagens, sonhos e por consequência imaginava-me aquele senhor trabalhando para levar a locomotiva para rincões nunca conhecido.

As primeiras viagens marcadas pelo ferro, pelo aço das bitolas. Cambará – Ourinhos – São Paulo: trajetos muitas vezes demorados, oito, dez até doze horas de viagens. A primeira vez que desci na estação Julio Prestes, em São Paulo, pelas mãos do meu avô materno, inesquecível: aquele amontoado de gente nunca visto pelos olhos juvenis.

As trocas de máquinas, as mudanças nos trilhos e os sonhos de ser um maquinista. A vida e a lida nos levam para caminhos nunca dantes sonhados. Este foi só mais um sonho, sonhado acordado.

O que nunca esqueci é que ali, dentro daquela máquina, que na Grande São Paulo transportou diariamente meus sonhos, minhas dores, minhas angústias, meus amores, minhas desilusões, meus defeitos e minhas qualidades estava um ser denominado ferroviário e ao seu lado outros seres responsáveis para que tudo desse certo, mesmo nas horas em que irritados pelas demoras e atrasos, invariavelmente enlouquecíamos.

Eles e elas estão nos trilhos diariamente levando, trazendo pessoas e mercadorias para alimentar nosso corpo e nossa alma. Meus profundos agradecimentos a esses trabalhadores.

As mulheres preferem olhar nos olhos dos homens

Certa vez li num jornal que o zoólogo Günter Tembrock – na época ele tinha uns 76 anos – um estudioso do comportamento reprodutivo dos animais, que ao fazer sua escolha a fêmea dá preferência ao macho que lhe parecer superior aos demais, característica que poderá garantir o desenvolvimento de seus descendentes. Sendo assim, a fêmea tolera a poligamia de seus companheiros…. A Moral dupla teria assim sua sólida base biológica!????
Na antiguidade, segundo alguns evolucionistas, o sucesso da espécie humana foi o investimento na criação dos descendentes. Portanto, em matéria de seletividade, a fêmea humana era inteligente (pois é: continua até hoje…) permitia apenas a aproximação daqueles que possuíssem bons genes e boa disposição e tato para ter cuidados com seus filhotes. Vai daí as dores de amores…
Ele, o macho, concorria, testava, ela, a fêmea, negava e testava (parece moderno?). Se ele ganhava a sorte grande, e isto ele sempre sonhava, se transformava no reprodutor. Mas desde aqueles tempos já existia dois tipos de homens: o “pai” (o que provia e cuidava) e o “borboleteador” (o que espalhava seus espermatozóides e vazava, caia fora…). Segundo esta teoria o tipo “pai”, protótipo de reprodutor ficava com mais fraqueza para o adultério. O perigo da traição enraizou o ciúme masculino. Sendo assim, o homem tende mais para o sexo oportunista, enquanto a fêmea tende ao sexo escolhido, afirmava na entrevistado o zoólogo Tempborck. Belo legado biológico!
Diante destas especulações científicas, o ciúme feminino está mais vinculado ao fator emocional do que às escapadas do reprodutor. Era assim no inicio da história da Humanidade é assim nos dias atuais!
Os olhos masculinos estão voltados para as regiões médias e inferior das mulheres, as áreas mais quentes, mas sensuais, mais reprodutivas…. ( que o digam os turistas que procuram as “popozudas no Rio de Janeiro). A mulher prefere olhar o homem no rosto e daí com sua inteligência descobrir o DNA em oito segundos… A mulher é rápida no gatilho!
Apesar do “olho no olho” ser a preferência das fêmeas elas não se dão por contente com isto apenas. Para as fêmeas não basta olhar o parceiro, a excitação vem com o contato físico. Bem, os machos também são estimulados por sinais visuais que o digam os que preferem peitos redondos e grandes por parecem nádegas!
Esses zoólogos! Os homens parecem sempre não querer uma mulher mais toda a espécie feminina… O acoplamento total!
Já as mulheres preferem uma minoria, dá mais atenção ao conteúdo do produto e não na quantidade, exceto é claro em se tratando de consumo no mundo das compras, onde o desejo de consumir extrapola qualquer olhar.
Bem, sendo assim, a mulher prefere olhar nos olhos dos homens e nas prateleiras das lojas (coisa que alguns homens já estão fazendo…) e os homens tem lá outros fetiches….

Comece a cultivar uma horta

Olá amigo e amigas da Vitrine do Giba! Quero aproveitar este intermédio entre o Natal e O fim do ano, um momento propicio para reflexões, para fazer uma alegoria sobre Cultivar Hortas. O grande líder sul africano Nelson Mandela quando estava preso ocupava seu tempo cuidando de uma hora que ele mesmo iniciou. Enquanto os demais presos estavam jogando damas, cartas ou olhando para o nada, Mandela aproveitava seu tempo de SOL para cultivar uma horta, horta esta que ele começou num cantinho do pátio; ali onde começou a cavar com suas próprias mãos até conseguir a utilização de um ancinho.  Mandela usava até restos de ossos triturados, ossos que ele achava enterrado no pátio,  em sua prática diária de cultivar. E assim, usava seu tempo para meditar e ter novos conhecimentos sobre plantas e sobre como cultivar estas plantas. Muitas dessas hortaliças eram depois doadas aos seus guardiões, aos guardas do presídio.

Bom, que tal ir além, sair da mesmice e começar a cultivar qualquer tipo de hortas, mas alguma coisa que faça você sair do lugar comum, do tédio e que faça você ampliar os seus horizontes? Comece a cultivar uma horta e este será o seu começo da sua virada!

Fique com a Vitrine do Giba, inscreva-se em nossos canais e até a próxima.

Sobre a arte de engolir sapos

Certas coisas só são amargas se a gente as engole: assim escreveu o cartunista Millor Fernandes! Mas no senso comum corre o ditado que não é nada bom engolir sapos! Quanta sacanagem com o sapo. O sapo não é tão feio como parece. Há várias espécies de sapos e tem uns danadinhos bonitos perdidos na natureza.

O grande mestre Rubens Alves, no texto A arte de engolir sapos assinala: “Mas o fato é que nós, humanos, não consideramos os sapos como animais com que gostaríamos de conviver. Ter um cãozinho, um gato ou um coelho como bichinho de estimação, tudo bem. Mas se o menino quisesse ter um sapo como bichinho de estimação, os pais tratariam de levá-lo logo a um psicólogo para saber o que havia de errado com ele. Sapo é bicho de pesadelo.”

Vamos fazer um favor aos sapos: nada de engolir os pequenos anfíbios. Deixemos os bufonídeos em paz!

Que diferença faz um dia?

Só um dia. Que diferença faz. Só um dia. O que podemos fazer? O que poderemos fazer em apenas um dia? Um amor, uma palavra, uma ação, um beijo, um adeus. Que diferença faz um dia? Se os outros dias não realizarmos a diferença? Apenas um dia, mas há esperança, há desejo, há mudança. São apenas 24 horas para que não tenhamos 25 anos de tormenta. São apenas 24 horas para que não tenhamos 24 anos de atraso.

 

What A Difference A Day Makes 

Dinah Washington

 

What a difference a day made

Twenty-four little hours

Brought the sun and the flowers

Where there used to be rain

 

My yesterday was blue, dear

Today I’m part of you, dear

My lonely nights are through, dear

Since you said you were mine

 

Lord, what a difference a day makes

There’s a rainbow before me

Skies above can’t be stormy

Since that moment of bliss, that thrilling kiss

 

It’s heaven when you find romance on your menu

What a difference a day made

And the difference is you

 

What a difference a day makes

There’s a rainbow before me

Skies above can’t be stormy

Since that moment of bliss, that thrilling kiss

 

It’s heaven when you find romance on your menu

What a difference a day makes

And the difference is you

 

 

 

Que diferença um dia fez

Vinte e quatro pequenas horas

Trouxe o sol e as flores

Onde costumava haver chuva

 

Meu ontem foi triste, querido

Hoje sou parte de você, querido

Minhas noites solitárias estão terminadas, querido

Desde que você me disse que era meu

 

Lord, que diferença um dia faz

Existe um arco-íris diante de mim

O céu acima não pode ser tempestuoso

Desde aquele momento de felicidade, aquele beijo emocionante

 

É céu quando você encontra romance em sua lista

Que diferença um dia fez

E a diferença é você

 

Que diferença um dia fez

Existe um arco-íris diante de mim

O céu acima não pode ser tempestuoso

Desde aquele momento de felicidade, aquele beijo emocionante

 

É céu quando você encontra romance em sua lista

Que diferença um dia fez

E a diferença é você

Um homem X para a mulher K

Um HOMEMXpara umamulher K

Por Gilberto da Silva
Tenho uma amiga que procura um homem. Um homem cis (O homem cis é aquela pessoa que nasceu e foi registrado homem e se reivindica homem).  Este homem não sou eu. Não que eu não seja homem cis, ou esteja em dúvida da minha cisdentidade. Não que eu não queira minha amiga K. O que ela sente por mim é apenas admiração e afeição. Não é o desejo por uma bela tarde de amor em uma cama macia, ou uma noitada de sexo que irá acabar com esta afeição. Ou que se transforme num belo caso de traição.
O que K procura é um homem próximo do ideal. Veja bem, para K o homem procurado, desejado, deve ter atributos quase que impossíveis de se encontrar num homem moderno, contemporâneo ou metrossexual.
K deseja um homem que satisfaça seus mais profundos anseios e necessidades. Que não reclame, que ame ir até o banheiro buscar sua toalha, pegar seus chinelos. Coisas simples de um cotidiano de amor e dedicação. K quer um “homem para chamar de seu”, que beijar muito, muito, muito. K quer um homem sem complexo de culpa, sem traumas, ela deseja ser verdadeiramente amada e não simplesmente desejada. A bela deseja ser amada por um homem dinâmico e educado, culto, compreensivo e dedicado. Um homem que saiba se impor sem ser machista, sem violência e com muita fidelidade.
Minha bela amiga pode até conseguir outros homens cis. Uns mais dedicados que outros. Uns mais interessantes que outros. Noites repletas de um amor ligeiro, boa música e bares, vinhos e tequilas. Mas nenhum chegará próximo do homem X: o ser que ela procura.

Deitada em sua rede, na sua casa de praia, K sonha com o Homem X acariciando seus pés enquanto a brisa marinha suavemente refresca seus cabelos.
K quer tudo que uma mulher deseja? Não querendo entrar na dividida feminista, não tenho certeza, mas a bela amiga quer fogo, paixão, tesão, emoção e a força do homem preenchendo seu enorme vazio carencial. Pena, que Wando (o cantor) morreu…

Mas o fato de K. querer um X não significa que este não possa ser feminista, pois o fato de ser feminista não altera a sua condição de homem.

Não se desespere pequena K, uma hora qualquer sua boca será beijada por um Homem Xcis. Um Homem Xcis que procura uma mulher Kcis. Os amores surgem para preencherem os vazios de nossas almas.

K, a força de seu delicado corpo e a inteligência que lhe é peculiar proporciona e abre o caminho para a chegada do Homem X.

 

PS. Dedico este pequeno texto às mulheres que, ansiosas por amar, procuram (numa busca quase sempre inútil) o homem ideal, o homem perfeito para chamar de seu.

Alguns detalhes de gastos numa viagem para o Espírito Santo

Por Gilberto da Silva

Saída de São Paulo para o Espírito Santos, dia 22, de um ano que não lembro mais qual, às 06h15 minutos. Antes um café na padaria da esquina que é o que São Paulo tem de melhor! Dutra e demais estradas: um saco! Chegada em Iriri, às 18h45m minutos de um dia quente.

Álcool: $25,00 + r$ 20 + 20,00 = R65,00. Café da manhã: R$ 72,00. Jantar no dia 22: R$15,00. No dia 24, paguei mais 20 conto pro álcool/combustível.. Em Vila Velha gastei r$ 8,70 por um almoço e paguei R$1,40 por uma cerveja. No pedágio pra Vila Velha paguei 0,95 centavos. Mas na minha viagem não poderia faltar uma pinga Reserva do Gerente que paguei R$ 10,00 mas não devia, tomei uma pinga boa e me venderam outra ruim, afinal, quem mandou cair no papo de bêbado com o atendente…

No caminho para Iriri, já cansado,  comi um lanche por 8 conto.

Na primeira noite, dia 23, houve um homicídio e uma tentativa de roubo. Segundo minha acompanhante, o homicídio seria qualificado. Programas policiais à parte, dormi. Dia seguinte, café da manhã e mais estrada. Gastei mais 50 conto para ir até Anchieta e lá mais 9 conto pro lanche e oito e cinquenta para sucos em geral. Bem, sobrou um bife no restaurante português por R$ 12,50. Tempo para retorno na história, padre, igreja etc.

Saco cheio de Anchieta, rumamos pra Domingos Martins, caminho que se deu através de Alfredo Chaves. Estrada de terra. Uma parada para curtir a Cachoeira de Matilde. Uma linda região com muita plantação  de café, criação de gado e de bananas. Até hoje quando vejo a cotação do café, lembro-me da região.

Em Domingo Martins, região de imigrantes alemães, o clima é das montanhas e nessa época 9 no dia da minha passagem) acontecia um festival de música. Muitos jovens. Bom clima. tempo para a Pedra Azul.

Retorno pelas belas paisagens.

Chegada em Guarapari, num sábado, duas cervejas (R$8,50) praia,, suco, mar e sol. Tudo bem, parecia o Guarujá.

Caldo verde em Iriri, à noite com bebidas e petiscos, tudo muito barato na casa de uns 9 mangos.

O Hotel em que estávamos hospedados só oferecia café da manhã com manteiga gelada, na verdade pedra de manteiga. Cansei de pão com presunto. Cansei de anotar os gastos!

Retornar, São Paulo nos espera!

Por que está chegando o Natal

natal

Meu amigo Celso já enviou o CD com músicas natalinas cantadas pela Simone. Ainda não recebi nenhum cartão. A TV já anuncia na sessão da tarde filmes antigos sobre o tema (já estou esperando o Esqueceram de Mim). A cidade já está mais iluminada (deveria ser o ano todo). Não recebi décimo terceiro ainda mas já comprei o presente do amigo secreto. Já estou ficando entendiado. Meu amigo chato do Whatzapp já está enviando lindas mamis noel. Já tenho dívidas até o próximo Natal. Os motoristas estão cada dia mais loucos nas vias e eu ia esquecendo um sinal vermelho. Por que vermelho é Natal. Já estou ficando preparado para assistir ações boazinhas de muita gente que não foi bonzinho durante o ano. Mas um outro amigo já prometeu pagar o que me deve no próximo ano: eu sei que isso é um mantra mal escrito. É tempo dos homens de bem. Os que não são do bem somem e reaparecem no dia 2 de janeiro. Daqui a pouco é Natal e tem (terá?) peru, ceia, presente, árvore exótica e música natalina da Simone…