Hoje, 30/05, as 19hs, faremos uma LIVE para discutir a pandemia do Coronavírus com as seguintes convidadas Muna Zeyn e Cynthia regina Fisher.
Muna Zeyn é assistente social formada pela FMU e pós-graduada pela PUC, chefe de gabinete da deputada federal Luiza Erundina e funcionária aposentada da Prefeitura de São Paulo. Foi apresentadora do primeiro programa de internet para mulheres o Alltv Mulheres. Ativista pelos direitos das mulheres e participa do comitê estadual de vigilância e mortalidade materna do estado de São Paulo.
Cynthia Regina Fischer é Doutora e Mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, tendo sido também pesquisadora do grupo de pesquisa GEALIN – PUC/SP desde sua criação até 2014. Bacharel e Licenciada em Língua e Literatura Inglesas, com habilitação para magistério e tradução pela mesma instituição. Atualmente, além de Professora Titular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP (antigo CEFET-SP), é também Assessora de Relações Internacionais do Instituto, em que atua na busca de parcerias com instituições de ensino superior, focando em ações de pesquisa, ensino, extensão e mobilidade da comunidade acadêmica para promover a internacionalização do IFSP. Foi Pró-Reitora de Ensino no período de 2013-2014 do IFSP. Foi Diretora Geral dos Câmpus Itapecerica da Serra (2015) e Câmpus São Paulo-Pirituba (2015-2018), cuja principal responsabilidade foi estruturar o novo campus e gerenciar sua implantação. Atualmente, desenvolve pesquisa e capacitação na área de Formação de Professores e inserção de Novas Tecnologias da Informação e Comunicação no fazer pedagógico.
Um bate papo sobre o “ser” repórter fotográfico, a questão das imagens, o excesso de informações, as melhores fotos da história, os melhores fotógrafos reunidos na história profissional do fotógrafo Cuca Jorge.
Bater um papo com a Madalena Carvalho sempre é muito proveitoso. Há na sua conversa sempre uma boa oportunidade de olharmos a nós mesmos e pensar no que podemos mudar interiormente e na nossa vida profissional.
Madalena Carvalho é uma das conferencistas mais requisitadas da atualidade, principalmente por sua capacidade de despertar profundas reflexões em seus espectadores. Respeitada pelas maiores empresas brasileiras, seu índice de renovação de contratos ultrapassa a 80%. No Brasil e no exterior, possui diversos artigos publicados em mais de 160 websites e revistas especializadas. Suas pesquisas possuem um foco voltado para o desenvolvimento integral do ser humano. Em seu portfólio de treinamentos, há mais de 5O títulos habitualmente ministrados, treinando nos últimos anos mais de 12 mil executivos. Madalena Carvalho é formada em Administração de Empresas e Pós-graduada em Recursos Humanos, pela Escola Superior de Administração de Negócios (ESAN/FEI-SP). Certificada pela Academia Brasileira de Cibernética em Integração Sistêmica. Patologista clínica, atuou por mais de dez anos com jovens e seus familiares, através de trabalho voluntariado em instituição não governamental.
Principais Clientes
Atlas Copco, Banco Mundial, Brasil Telecom, Chalezão Agrocampo, Coca-Cola (Cia de Bebidas Ipiranga e Refrescos Bandeirantes), Cromus Embalagens, Electrolux, FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), Floranet, Furnas Centrais Elétricas, Lara Advogados, Lindsay América do Sul, Manessman, Menphis Engenharia Térmica, Mineração Serra Grande, Multilaser, Nestlé, Rodonaves, Sabesp, SESCOOP, Shelton Inn Master, Tempo Veículos, Tribunal Regional do Trabalho, Unimed (Araraquara), Walsywa, World Tennis, entre outros.
Dias Gomes foi o sexto ocupante da Cadeira 21, eleito em 11 de abril de 1991, na sucessão de Adonias Filho e recebido pelo Acadêmico Jorge Amado em 16 de julho de 1991
Em 18 de maio de 1999, morria Alfredo de Freitas Dias Gomes, mais conhecido pelo sobrenome Dias Gomes, foi um romancista, dramaturgo, autor de telenovelas e membro da Academia Brasileira de Letras. Também conhecido pelo seu casamento com a também escritora Jenete Stocco Emmer (Janete Clair). “Aos quinze anos, escreve a primeira peça, A Comédia dos Moralistas (1937), premiada pelo Serviço Nacional do Teatro (SNT). Em 1943, ingressa na faculdade de direito, no Rio de Janeiro, mas não conclui a graduação. Entre o fim dos anos 1930 e o início da década de 1940, redige os textos reunidos no livro Peças da Juventude. Em 1942, estreia no teatro profissional com a peça Pé-de-Cabra, depois de cortes no texto feitos pela censura. A peça, encenada por Procópio Ferreira (1898-1979), rende-lhe contrato de exclusividade com o ator, para quem escreve mais cinco textos. Divergências ideológicas encerram a parceria.” Do site Enciclopédia Itaú Cultural. Dias Gomes começou sua carreira no rádio. Na Jovem Pan, durante um ano, trabalhou como autor de radionovelas. Depois, passou por outras emissoras até ser contratado pela Rede Globo. Sua primeira novela na TV não levou seu nome, mas um pseudônimo feminino.
“Em 1964, Dias Gomes foi demitido da Rádio Nacional, da qual era diretor-artístico, pelo Ato Institucional n. 1, enquanto O pagador de promessas estreava em Washington e A invasão era encenada em Montevidéu. A partir de então, participou de diversas manifestações contra a censura e em defesa da liberdade de expressão. Ele próprio teve várias peças censuradas durante a vigência do regime militar (O berço do herói, A revolução dos beatos, O pagador de promessas, A invasão, Roque Santeiro, Vamos soltar os demônios ou Amor em campo minado). Fez parte do Conselho de Redação da Revista Civilização Brasileira desde seu lançamento, em 1965. Contratado, desde 1969, pela TV Globo, produziu inúmeras telenovelas, além de minisséries, seriados e especiais (telepeças). Apesar da censura, não interrompeu a produção teatral, e várias peças suas foram encenadas entre 1968 e 1980, destacando-se Dr. Getúlio, sua vida e sua glória (Vargas), em parceria com Ferreira Gullar, encenada no Teatro Leopoldina, de Porto Alegre, em 1969; O bem-amado, encenada no Teatro Gláucio Gil, do Rio de Janeiro, em 1970; O santo inquérito, no Teatro Teresa Rachel, do Rio, em 1976; e O rei de Ramos, no Teatro João Caetano, em 1979. Em 1980, em decorrência da decretação da Anistia, foi reintegrado aos quadros da Rádio Nacional, e trabalhos seus, como Roque Santeiro, foram liberados para apresentação. Do período pós-Anistia é a peça Campeões do mundo, encenada em novembro de 1980 no Teatro Vila-Lobos, do Rio. Em 1983, Vargas (nova versão de Dr. Getúlio) estreou no Teatro João Caetano, do Rio. No dia 16 de novembro, faleceu sua esposa, a novelista Janete Clair.” (trecho do site da Academia Brasileira de Lestras) Dias Gomes faleceu em São Paulo, em um trágico acidente automobilístico, ao sair de um restaurante no centro, no dia 18 de maio de 1999.
Rádio Agencia Nacional O bem amado revolucionou a televisão
Até quando as fogueiras reais ou simplesmente morais (estas não menos cruéis) serão usadas para eliminar aqueles que teimam em fazer uso da liberdade de pensamento? (O Santo Inquérito)
Obras TEATRO: A comédia dos moralistas (1939); Esperidião, inédita (1938); Ludovico, inédita (1940); Amanhã será outro dia (1941); Pé-de-cabra (1942); João Cambão (1942); O homem que não era seu (1942); Sinhazinha (1943); Zeca Diabo (1943); Eu acuso o céu (1943); Um pobre gênio (1943); Toque de recolher (revista), em parceria com José Wanderlei (1943); Doutor Ninguém (1943); Beco sem saída (1944); O existencialismo (1944); A dança das horas (inédita), adaptação do romance Quando é amanhã (1949); O bom ladrão, inédita (1951); Os cinco fugitivos do Juízo Final (1954); O pagador de promessas (1959); A invasão (1960); A revolução dos beatos (1961); O bem-amado (1962); O berço do herói (1963); O santo inquérito (1966); O túnel (1968); Vargas (Dr. Getúlio, sua vida e sua glória), em parceria com Ferreira Gullar (1968); Amor em campo minado (Vamos soltar os demônios) (1969); As primícias (1977); Phallus, inédita (1978); O rei de Ramos (1978); Campeões do mundo (1979); Olho no olho, inédita (1986); Meu reino por um cavalo (1988).
TELEVISÃO Telenovelas na TV Globo: A ponte dos suspiros, sob o pseudônimo de Stela Calderón (1969); Verão vermelho, (1969/1970); Assim na terra como no céu (1970/1971); Bandeira 2 (1971/1972); O bem-amado (1973); O espigão (1974); Saramandaia (1976); Sinal de alerta (1978/1979); Roque Santeiro (1985/1986); Mandala, sinopse e primeiros 20 capítulos (1987/1988); Araponga, com Ferreira Gullar e Lauro César Muniz (1990/1991).
Minisséries: Um tiro no coração, em co-autoria com Ferreira Gullar, inédita (1982); O pagador de promessas (1988); Noivas de Copacabana (1993); Decadência (1994); O fim do mundo (1996).
Seriados: O bem-amado (1979/1984); Expresso Brasil (1987).
Especiais (Telepeças): O bem-amado, em adaptação de Benjamin Cattan, TV Tupi, “TV de Vanguarda” (1964); Um grito no escuro (O crime do silêncio), TV Globo, “Caso Especial” (1971); O santo inquérito, em adaptação de Antonio Mercado, TV Globo, “Aplauso” (1979); O boi santo, TV Globo (1988); A longa noite de Emiliano, inédita, TV Globo.
ROMANCES: Duas sombras apenas (1945); Um amor e sete pecados (1946); A dama da noite (1947); Quando é amanhã (1948); Sucupira, ame-a ou deixe-a (1982); Odorico na cabeça (1983); Derrocada (1994); Decadência (1995).
CONTOS A tarefa ou Onde estás, Castro Alves? in Livro de cabeceira do homem, ano I, v. III (Civilização Brasileira, 1967); A tortuosa e longa noite de Emiliano Posada, inédito.
CINEMA O pagador de promessas, direção de Anselmo Duarte, Leonardo Vilar, Glória Menezes, Dionísio Azevedo, Geraldo Del Rey, Norma Benguell, Othon Bastos e Antonio Pitanga (1962); O marginal (roteiro), direção de Carlos Manga, com Tarcísio Meira e Darlene Glória (1974); O rei do Rio (adaptação de O rei de Ramos), direção de Bruno Barreto, com Nuno Leal Maia, Milton Gonçalves e Nelson Xavier (1985); Amor em campo minado, direção de Pastor Vera, Cuba (1988).
A obra escrita de Dias Gomes foi reunida na COLEÇÃO DIAS GOMES, coordenação de Antonio Mercado, composta dos seguintes volumes: 1 Os heróis vencidos (1989); 2 Os falsos mitos (1990); 3 Os caminhos da revolução (1991); 4 Espetáculos musicais (1992); 5 Peças da juventude (1994); 6 Rádio e TV (a sair) 7 Contos (a sair).
O entrevistado desta vez é Homero Odisseus Massuto, autor da dissertação de mestrado, apresentada na Faculdade Cásper Líbero, A Saga #StarWars como produto Midiático: O Consumo como Experiência. Em seu trabalho, o publicitário discute o produto midiático Star Wars e como o produto se transformou em uma marca, e como a essa marca foram associados inúmeros produtos não midiáticos, e quais as implicações da compra da marca Star Wars pela Disney, empresa capaz de promover o consumo através de experiências memoráveis, indiferente de o consumidor ser ou não um fã fervoroso da famosa saga cinematográfica criada em fins na década de 70 pelo cineasta e produtor americano George Lucas.
Homero Odisseus Massuto é mestre em comunicação pela faculdade Cásper Líbero, cursou Comunicação Social com habilitação em Publicidade de Propaganda na Fundação Armando Álvares Penteado- FAAP, e é pós Graduado em Marketing e Propaganda pela Universidade São Judas Tadeu. Atuou como professor nos cursos do SENAC SP de 2001 até 2019, e foi professor de marketing e mercadologia na Faculdade João XXIII nos anos de 2005 e 2006, Fui professor de marketing no colégio Módulo de 2012 até 2013. Ingressou no Mestrado em Comunicação da Cásper Libero em agosto de 2015, desenvolvendo um projeto sobre Star Wars e o consumo como experiência desta marca, sob orientação do professor Dr. Claudio Novaes Pinto Coelho.
Participa do grupo de Pesquisa Política e Sociedade do Espetáculo desde 2017, coordenado pelo professor Dr. Claudio Novaes Pinto, na faculdade Cásper Líbero.
BNDES 5° NO BNDES – “Carlos Lyra – 60 Anos de Bossa” – Ficha TécnicaCarlos Lyra – vozClaudio Lyra – voz e violãoFernando Merlino – tecladoRicardo Costa – bateriaAdriano Giffoni – baixo acústicoDirceu Leite – sax, flauta e clarineteDiogo Gomes – trompete e flugel 30 AGO 2018 FOTO ANDRE TELLES
Hoje, 11 de maio é aniversário do compositor carioca, Carlos Lyra, uma das maiores figuras da bossa nova, não por menos considerado por Tom Jobim como o “maior melodista da bossa nova”.
Você e Eu Carlos Lyra Podem me chamar e me pedir e me rogar E podem mesmo falar mal Ficar de mal que não faz mal Podem preparar milhões de festas ao luar Que eu não vou ir, melhor nem pedir Eu não vou ir, não quero ir E também podem me intrigar Até sorrir, até chorar E podem mesmo imaginar o que melhor lhes parecer Podem espalhar que eu estou cansado de viver E que é uma pena para quem me conheceu.
1954 – Compõe “Quando Chegares”, sua primeira música (e letra). Reuniões com Sylvia Telles, João Gilberto, Lúcio Alves, Luiz Eça, João Donato e outros à volta do piano de Johnny Alf, no bar do Hotel Plaza.
1955 – Silvinha Telles grava as músicas “Menina” de Carlos Lyra e “Foi a Noite”, de Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça em um compacto.
1956 – Compõe “Maria Ninguém” entre outras músicas também com letras suas. – Gravação da música “Criticando” pelos “Os Cariocas”.
1957 – Primeiras parcerias com Ronaldo Bôscoli: “Lobo bobo”, “Se é tarde me perdoa”, etc.
1958 – Primeiras parcerias com Geraldo Vandré: “Quem Quiser Encontrar o Amor” e “Aruanda”.
1959 – Gravação do primeiro disco LP: “Carlos Lyra Bossa Nova” com contra-capa escrita por Ary Barroso.
1960 – Inicia parceria com Vinícius de Moraes: “Você e eu”, “Coisa Mais Linda”, “Minha Namorada”, etc. – Compõe música para a peça “A Mais Valia vai Acabar, seu Edgar”, de Oduvaldo Vianna Filho, com direção de Chico de Assis. – Compõe com Maria Clara Machado o musical infantil, “Maroquinhas Fru-Fru”. – Grava seu segundo LP “Carlos Lyra”, com contra-capa de Vinicius de Moraes. – Lança compacto duplo, 45 rpm, “No Balanço do Samba”, pela Philips, com as faixas: “Canção do olhar amado”, “Chora tua tristeza”, “Quando chegares” e “Só mesmo por amor”.
1961 – Funda, com Oduvaldo Vianna Filho, Ferreira Gullar e outros, o Centro Popular de Cultura da União dos Estudantes. – Faz a música para a peça “Cinderela” de Maria Clara Machado. – É escrito o musical “Um americano em Brasília”. Criação conjunta de Carlos Lyra, Chico de Assis e Nélson Lins e Barros. – Faz a música para a peça “O testamento do cangaceiro”de Chico de Assis. – Faz a música para a peça “Almas mortas” de Nikolai Gogol em montagem no TBC, com direção de Flávio Rangel. – Gravação do terceiro LP “Depois do Carnaval”. – Sai o disco “Bossa Nova Mesmo” com participações de Carlos Lyra, Vinicius de Moraes, Sylvia Teles, Lucio Alves e outros.
1962 – Apresentação de Concerto de Bossa Nova no Carnegie Hall de New York. – Compõe com Vinícius de Moraes o musical “Pobre Menina Rica”. – Lança compacto duplo – “Carlos Lyra”, pela Philips, com as faixas: “Você e eu”, “Chora tua tristeza”, Ïnfluência do jazz” e “Depois do carnaval”.
1963 – Compõe música para o filme “Gimba” de Flávio Rangel. – O filme “Couro de Gato” recebe prêmios em Sestri Levanti (Itália) e Oberhausen (Alemanha). – Compõe com Vinícius de Moraes o “Hino da UNE” e a “Marcha da Quarta-feira de Cinzas”. Compõe a “Canção do Subdesenvolvido” em parceria co Chico de Assis. – Compõe música para o filme “Bonitinha mas ordinária” de Nelson Rodrigues”
Em 8 de maio de 1924 nascia em Belém do Pará, William Blanco Abrunhosa Trindade, mais conhecido como Billy Blanco, arquiteto (Em 1946 estudou na Universidade Presbiteriana Mackenzie (FAU/Mackenzie e em 1948 muda-se para o Rio de Janeiro e continua os estudos na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Brasil, diplomando-se em 1950), músico, compositor e escritor.
A carreira artística inicia nos anos 1950 com o Sexteto Billy Blanco. As primeiras músicas são gravadas pela então namorada Dolores Duran (1930-1959), “Outono”, e por Linda Batista (1919-1988), “Prece de um Sambista”: Quando morre um sambista, No céu é motivo de festa, Pois os anjos, que são da seresta, Se alegram também, E no meio de tanta alegria, Todo o céu, se transforma em terreiro, Os clarins, dão lugar ao pandeiro, Que marca a chegada de alguém, O Noel, que nosso santo do samba, E chegou lá primeiro, É o chefe do santo terreiro, De Nosso Senhor, Imploro a Deus, Conservai-me um sambista decente, Para merecer algum dia, Sambar com esta gente, De tanto valor !
A banca do distinto. Billy Blanco foi originalmente lançada em julho de 1959, no compacto duplo “Dolores Duran no Michel de São Paulo”:
A Banca do Distinto
Não fala com pobre, não dá mão a preto Não carrega embrulho Pra que tanta pose, doutor Pra que esse orgulho A bruxa que é cega esbarra na gente E a vida estanca O enfarte lhe pega, doutor E acaba essa banca A vaidade é assim, põe o bobo no alto E retira a escada Mas fica por perto esperando sentada Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal Todo mundo é igual quando a vida termina Com terra em cima e na horizontal
A grande e fenomenal Inezita Barroso (1925-2015) registra “Estatutos da Gafieira”, em 1954: Moço Olha o vexame O ambiente exige respeito Pelos estatutos Da nossa gafieira Dance a noite inteira Mas dance direito Aliás Pelo artigo 120 O distinto que fizer o seguinte: Subir na parede Dançar de pé pro ar Debruçar-se na bebida sem querer pagar Abusar da umbigada De maneira folgazã Prejudicando hoje O bom crioulo de amanhã Será distintamente censurado Se balançar o corpo Vai pra mão do delegado Ta bem, moço? Olha o vexame, moço!
Também em 1954, compõe com Tom Jobim (1927-1994) a música “Tereza da Praia”, sucesso na voz dos cantores Dick Farney (1921-1987) e Lúcio Alves (1927-1993).
Tereza da Praia
Oh, Dick? – Fala, Lúcio Arranjei novo amor no Leblon – Não diga! Que corpo bonito, que pele morena -Eu conheço Que amor de pequena, amar é tão bom
Oh, Lúcio? – Fala meu irmão Ela tem um nariz levantado? – Tem Os olhos verdinhos – É mesmo Bastante puxados – Uhum Cabelo castanho, né? E uma pinta do lado
É a minha Tereza da praia Se ela é tua é minha também O verão passou todo comigo O inverno pergunta com quem
Então vamos A Tereza na praia deixar Aos beijos do sol E abraços do mar
Tereza é da praia Não é de ninguém Não pode ser tua Nem minha também Tereza é da praia
Billy Blanco e Tom Jobim lançam o disco Sinfonia do Rio de Janeiro (1954), com arranjos de Radamés Gnatalli (1906-1988). Algumas canções desse disco fazem parte da trilha sonora do filme Esse Rio que Eu Amo (1961), do diretor Carlos Hugo Christensen (1914-1999).
Em 1956 compõe “Samba Triste”, em parceria com o violonista Baden Powell (1937-2000): Samba triste A gente faz assim: Eu aqui Você longe de mim, de mim Alguém se vai Saudade vem E fica perto Saudade, resto de amor De amor que não deu certo Samba triste Que antes eu não fiz Só porque Eu sempre fui feliz, feliz, feliz, feliz Agora eu sei Que toda vez que o amor existe Há sempre um samba triste, meu bem Samba que vem De você, amor
Em 1965, participa do 1o Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, São Paulo, com a canção “Rio do Meu Amor”, interpretada por Wilson Simonal (1939-2000), que se classifica em 5º lugar. Em 1966, no 1o Festival Internacional da Canção da TV Globo, Rio de Janeiro, obtém 4º lugar na classificação geral com o samba “Se a Gente Grande Soubesse”, interpretado pelo filho Billy Blanco Jr., e Quarteto em Cy. Em 1968, na Bienal do Samba da TV Record, São Paulo, classifica em 4o lugar o samba “Canto Chorado” na voz de Jair Rodrigues (1939-2014):
No jogo se perde ou se ganha Caminho que leva Que traz Trazendo alegria tamanha Levando, levou minha paz Tem gente que ri da desgraça Duvido que ria da sua Se alguém escorrega aonde passa Tem riso do povo Na rua O que dá pra rir, dá pra chorar Questão só de peso e medida Problema de hora E lugar Mas tudo são coisas da vida O que dá pra rir, dá pra chorar O que dá pra rir, dá pra chorar.
Participa das trilhas sonoras para os filmes Carnaval Atlântida (1952), de José Carlos Burle (1910-1983), e Crônica da Cidade Amada (1965), de Carlos Hugo Christensen.
Compõe a trilha sonora para a peça Chico do Pasmado, do autor Aurimar Rocha (1934-1979), em 1965. Nesse ano, escreve letras em português para canções do musical Noviça Rebelde (The Sound of Music), e para a comédia musical norte-americana do escritor Shepherd Mead (1914-1994), Como Vencer na Vida sem Fazer Força (How to Succeed in Business Without Really Trying). Em 1996, publica pela Editora Record o livro Tirando de Letra e Música.
Em 2002, a gravadora Biscoito Fino lança o CD A Bossa de Billy Blanco, com sucessos como os sambas “Estatutos da Gafieira”, “Pistom de Gafieira”, “Rio do Meu Amor” e “Samba Triste”.
Em 1974, o compositor Billy Blanco lançou “Sinfonia Paulistana”, um disco dedicado a celebrar o povo e a história de São Paulo:
Amanhecendo
Começou um novo dia Já volta quem ia O tempo é de chegar De metrô chego primeiro Se tempo é dinheiro Melhor vou faturar Sempre ligeiro na rua Como quem sabe o que quer Vai o paulista na sua Para o que der e vier
A cidade não desperta Apenas acerta A sua posição Porque tudo se repete São sete, e às sete Explode em multidão Portas de aço levantam! Todos parecem correr! Não correm de, correm para Para São Paulo crescer!
Vam bora, vam bora Olha a hora Vam bora, vam bora Vam bora, vam bora Olha a hora Vam bora, vam bora Vam bora!
Vam bora, vam bora Olha a hora Vam bora, vam bora Vam bora, vam bora Olha a hora Vam bora, vam bora Vam bora!
Sinfonia Paulistana
Fazendo som com as estrelas, ligado no sideral Por Maria, fez poemas, nas praias do litoral As ondas contaram ao mar, por isso é que os oceanos No mundo inteiro cantados, cantarão mais cem mil anos E o homem entre mar e céu, tem canções por todo lado Louvado seja Anchieta, pra sempre seja louvado Navegante tem cantiga, que aprendeu no mar um dia Qualquer rota que ele siga, se não canta, ele assobia Cabelos cor da noite, pele de alvorada Cacique entregou ao branco, a filha amada Raízes de Brasil, chegaram até aqui Abençoado o colo dessa mãe antiga Por 400 anos feitos de cantiga, naquele doce embalo Da canção Tupi Na tez de uma paulista em cheiro de floresta A cor de jambo é a índia, que ninguém contesta De uma altivez que o Império nunca vira É a tradição, é a raça, é a nossa origem As coisas da história de São Paulo exigem A honra que se faça ao nome de Bartira, Bartira Era tudo, era o nada rio acima Que o paulista no peito ia vencer Pra fazer mais Brasil do que existia Já um tempo era pouco pra perder Reunindo oração e despedida na partida da horda triunfal Caçador da esmeralda perseguida Foi fazendo a unidade nacional Bandeiras, monções Já se dava por glória ao que se ia Porque mal se sabia se voltava E a benção levada já servia De unção para quem por lá ficava Nas monções quem seguia, na verdade Já partia cheirando à santidade Quem não via esmeralda ou não morria Povoava cidade mais cidade Bandeiras, monções, São Paulo Que amanheceu trabalhando São Paulo, que não sabe adormecer Porque durante a noite, paulista vai pensando Nas coisas que de dia vai fazer São Paulo, todo frio quando amanhece Correndo no seu tanto o que fazer Na reza do paulista, trabalho é Padre-Nosso É a prece de quem luta e quer vencer Bastante italiano, sírio e japonês Além do africano, índio e português Tudo isso ao alho e óleo, temperando a raça Na capital do tempo, tempo é ouro e hora Quem vive de espera, é juros de mora Não tem mais-mais nem menos, ou é sim ou não No máximo se espera pela condução Nas retas da Rio-São Paulo, chegando, chegando eu vim Paulista é quem vem e fica plantando, família e chão Fazendo a terra mais rica, dinheiro e calo na mão Dinheiro, mola do mundo, que põe a gente na tona Leva a gente ao fundo Sim, senhor, sim, senhor, sim, senhor Faz a paz e a guerra, traz a Lua pra Terra No mais aumenta a barriga do comendador Dinheiro, juras e juros, erguendo todos os muros Pra ele próprio depois, derrubar, derrubar É a voz que fala mais forte, razão de vida e de morte Também só compra o que pode comprar São Paulo, que amanhece trabalhando Casais entram no elevador O fino pra curtir um som: ran ran, ren ren, ron ron A noite é sempre uma criança, é só não deixar crescer Assim existe esperança, no amanhecer São coisas da noite, anúncios conhecidos Que enfeitam a cidade, em movimentos coloridos Alguém vem do trabalho, do baralho ou do que for Do La Licorne ao Ceasa, de alguma coisa do amor Tem sempre mais um, que vem pela calçada Na bruma que esconde quem sobrou na madrugada Dei tempo ao tempo, o tempo é que não dá Tenho que estar pelas sete, no Viaduto do Chá Olha o Sol, olha o Sol, cadê o Sol? Onde o Sol? Sumiu, sumiu, sumiu Quando amanhece, o Sol comparece por obrigação Nublado, cansado, um Sol de rotina Se bem ilumina, nem dão atenção É que o bandeirante não perde o seu tempo Olhando pro alto, o Sol verdadeiro está no asfalto Na terra, no homem e na produção A cor diferente do céu de São Paulo não é da garoa É véu de fumaça, que passa, que voa Na guerra paulista das mil chaminés São Paulo, que amanhece trabalhando Começou um novo dia, já volta Quem ia, o tempo é de chegar Do metrô chego primeiro, se tempo é dinheiro Melhor, vou faturar Sempre ligeiro na rua, como quem sabe o que quer Vai o paulista na sua, para o que der e vier A cidade não desperta, apenas acerta a sua posição Porque tudo se repete, são sete E às sete explode em multidão: Portas de aço levantam, todos parecem correr Não correm de, correm para Para São Paulo crescer Vão bora, vão bora, olha a hora Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora Que o tempo não espera, a vida é derradeira Quem é vai ser, já era de qualquer maneira O mundo é do “eu quero” Quem me der é triste, tristeza basta a guerra E o adeus no amor Você onde é que estava quando o tempo andou? Na terra que não pára, só você parou Vão bora, vão bora, olha a hora Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora O que vale é a versão, pouco interessa o fato Porque a sensação maior é a do boato Em coisa de um segundo, noite é madrugada Notícia ganha o mundo, e a gente não é nada Você onde é que estava quando o tempo andou? São Paulo nunca pára, mas você, parou Vão bora, vão bora, olha a hora Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora São Paulo que amanhece trabalhando Na Praça do Patriarca, rua Direita, São Bento Na Líbero Badaró, no Viaduto do Chá Lá está aquele moço, que não dá ponto sem nó Na conversa bem jogada, vai vendendo geladeira Pra esquimó curtir verão Papo firme é isso aí, desse dono da calçada Rei da comunicação Olhe aqui, dona Teresa, o produto de beleza Que chegou da Argentina, examina, examina De brinde pra seu marido Nova pomada pra calo que resolve a dor de ouvido Tem Parker 73, compre uma e ganhe três Nem paga o justo valor, mais outra ali pro doutor Leve a lei do inquilinato, mesmo não sendo inquilino Morar na lei é um barato, e ele prova à sua maneira Que um ataque de besteira, faz de um doutor um otário Cursando numa avenida o vestibular da vida Para ser bom empresário Ser do São Paulo, do Corinthians e Palmeiras É ter o fino em futebol durante o ano Em tênis, remo, natação, nas domingueiras Bom é Pinheiros, Tietê ou Paulistano Com Ademir, com Rivelino no gramado Com rei Pelé e suas jogadas de veludo Não pe de graça que São Paulo é chamado Melhor da América Latina em quase tudo Pró-esporte, pró-esporte é a solução Pró-esporte, pró-esporte contra a poluição Lá por setembro o estudante nos ensina Aquele esporte pelo esporte que não cede E o meu Mackenzie, dá um show com a medicina Na grande guerra que se chama MacMed No corre-corre mundial estamos nessa Os Fittipaldi estão aí para dizer Só em São Paulo que é a terra do depressa A São Silvestre poderia acontecer Pró-esporte, pró-esporte é a solução Pró-esporte, pró-esporte contra a poluição São Paulo jovem, dos que promovem velocidade Nos seus cavalos, de roda e ferro, na sua forma de liberdade O peito agarra, a costa de aço Que deu garupa na Yamaha, no upa-upa Feito de abraço e muito amor São Paulo jovem, na mesma cela Vão ele e ela, por onde seja Deus os proteja, pelos caminhos da vida em flor Tem coisas da Ipiranga, da Itapetininga, até da São João Às vezes também dá Puxar o show, o chope, o uísque, boa pinga E o molho das mulheres que transam por lá Tem loja, tem butique, tem pizzaria Boate, restaurante, até casa lotérica É rua que de nada mais precisaria Com todo aquele charme do Jardim América América, rua augusta E agora, já é hora E ninguém vai embora, embora de lá Rua augusta, e agora, já é hora E ninguém vai embora, embora de lá Bartira e João Ramalho nunca imaginaram Que a tanga e a miçanga vinham outra vez Agora nos diriam vendo que acertaram: Valeu o nosso amor, pelo amor de vocês E a moça vai passando, e ninguém vê mais nada Quando ela vai na dela, é pra machucar É a paulistana boa, despreocupada De short ou minissaia, pondo pra quebrar, pra quebrar Rua augusta, e agora, já é hora E ninguém vai embora, embora de lá Na sinfonia, que é de todos os barulhos De Santo Amaro, ao Brás, ao Centro, ao ABC Por Santo André, Vila Maria até Guarulhos Grande São Paulo, como eu gosto de você São Paulo, que amanhece trabalhando São Paulo que não pode amanhecer Porque durante a noite, paulista vai pensando Nas coisas que de dia vai fazer.
Em 8 de maio de 1945 chegava ao fim o terrível período de seis anos que durou a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). A data ficou marcada na história como o dia em que as nações aliadas (Estados Unidos, Inglaterra, União Soviética, Resistência Francesa etc.) venceram o nazifascismo. Desde então, é celebrado anualmente, em 8 de maio, o Dia da Vitória.
O Brasil na Segunda Guerra Mundial
O Brasil foi o único país da América Latina que participou diretamente dos conflitos bélicos na Europa. Cerca de 25 mil soldados da FEB foram enviados ao norte da Itália para lutar junto ao Exército Americano.
A FEB conseguiu vitórias importantes, tomando cidades e regiões que estavam sob poder nazista, como Massarosa, Camaiore e Monte Prano e Castelnuovo.
Uma das mais emblemáticas foi a de Monte Castelo, conflito que se arrastou por três meses. Os soldados brasileiros participaram de quatro ofensivas malsucedidas devido a vários fatores, dentre os quais, as temperaturas extremamente baixas e falhas de estratégia. No entanto, em fevereiro 1945, novas estratégias foram adotadas pelas tropas da FEB e a batalha foi vencida.
Entretanto, foi em 14 de abril de 1945 o início do mais árduo combate travado pela FEB contra os nazistas: a Batalha de Montese, na qual a atuação de tropas brasileiras foi considerada essencial para retomada da Itália e posterior vitória dos aliados contra as tropas alemãs.