Em tempos em que a democracia é vilipendiada, fica aqui nossas homenagens a este grande estadista que hoje aniversaria, Almino Afonso. O advogado, ex-ministro, ex-vice-governador de SP e ex-deputado Almino Afonso é uma referência ao mundo politico democrático.
“Se amanhã, apavoradas diante da crescente maturidade popular, as elites dirigentes recorrerem ao regime discricionário como forma de afastar o povo do processo político, não restará ao povo outra alternativa senão o arrrebentamento dos diques. Ninguém jamais deteve, nem deterá impunemente, a marcha do povo.”
Notícias da semana e #comentários! #culturapop, #futebol #imagensdasemana, Todas as quintas, 10h30 na Vitrine do Giba.
Giro da Vitrine teve papo sobre a taxação dos livros e sobre a nossa constituição, com o Dr. Roberto Montanari Custódio. Cultura com Homero Odisseus Massuto, que falou sobre o livro Canone Gráfico Volumes 1 e 2, editados pela Boitempo e Cuca Jorge falando sobre fotografia. Yasmin Dias falou sobre a Liga dos Campeões e sobre o futebol brasileiro.
Acompanho as lutas dos setores trabalhistas do saneamento desde longa data e ultimamente lendo o que o Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS) vem discutindo e alertando.
O que me surpreendeu é que as denúncias sobre os efeitos perversos da PL da privatização não ganhou anteriormente à votação destaque nas redes sociais. Poucos e raros políticos ou vozes saíram em defesa da água enquanto um COMUM. Mas agora depois que a “vaca foi pro brejo (seco)” um amontoado de vozes nas redes aparece para denunciar a privatização. Sempre que pude postei nos meus canais matérias das Ondas ou da FNU (Frente Nacional dos Urbanitários) que agrega os trabalhadores do setor.
Vejo um problema mais sério nisto tudo, tenho, e espero estar errado, uma impressão de que estão querendo faturar politicamente com a votação do PL 4.162 de 2019.
Este trecho da nota que publico abaixo é muito sintomático:
“O argumento de mudança da Lei atual (11.445/2007) não se sustenta. A Lei é relativamente nova, foi regulamentada em 2010, e o PLANSAB, em 2013. Tempo curto, considerando que a área de saneamento foi historicamente negligenciada por sucessivos governos e que passou a ocupar papel de destaque há pouco tempo, com a criação do então Ministério das Cidades, da retomada dos investimentos e do planejamento.”
Porque tanta demora em regulamentar a Lei de 2007?
Insisto, os partidos deveriam TER PUBLICIZADO MUITO MAIS, ENCAMPADO LUTAS e muita denúncia nas redes e nos fóruns de discussão sobre os efeitos danosos da privatização, ou seja, gritar antes do efeito consumado!
Segue abaixo a Nota da ONDAS sobre a votação:
Nota do ONDAS sobre a aprovaçãodo PL 4.162 de 2019
25 de junho de 2020
O Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS) acredita que a aprovação do PL 4.162, de 2019, na noite de 24 de junho, não contribuirá para o avanço do saneamento básico no Brasil, como querem fazer crer os defensores da proposta. Aliás, nos últimos meses, assistimos a uma verdadeira campanha de desinformação que, baseada no diagnóstico dos déficits na prestação dos serviços, apontou para a privatização como a solução para todos os males.
O ONDAS parte do princípio de que o acesso à água e ao esgotamento sanitário é um direito humano fundamental e, sendo assim, acredita que a proposta pode criar um monopólio do setor privado nesses serviços essenciais, o que não contribuirá com a tão propalada universalização do acesso. Isso porque as áreas mais carentes desses serviços encontram-se nos pequenos municípios, nas áreas rurais e nas periferias das grandes cidades, áreas onde residem populações com baixa capacidade de pagamento dos serviços, portanto, incompatível com a necessidade de lucro almejado pelas empresas privadas e por seus acionistas.
Um déficit com essas características, que é retrato das profundas desigualdades sociais e econômicas da sociedade brasileira, não será equacionado pelo aumento da participação privada na prestação desses serviços. Mas, sim, por políticas públicas integradas que considerem as diferentes dimensões do déficit, conforme já caracterizado no Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), e que aumentem o comprometimento do setor público com a oferta de serviços universalizados, acessíveis a todos(as), de qualidade e geridos de forma eficiente.
O argumento de mudança da Lei atual (11.445/2007) não se sustenta. A Lei é relativamente nova, foi regulamentada em 2010, e o PLANSAB, em 2013. Tempo curto, considerando que a área de saneamento foi historicamente negligenciada por sucessivos governos e que passou a ocupar papel de destaque há pouco tempo, com a criação do então Ministério das Cidades, da retomada dos investimentos e do planejamento.
O ONDAS, baseado nas avaliações de diversos especialistas e na experiência nacional e internacional, entende que as opções desastradas para as quais o projeto de lei ontem aprovado aponta embutem um grave risco de desestruturar a prestação atual, sem nenhuma garantia de que melhores serviços serão prestados. O quadro catastrófico do saneamento básico de Manaus, quase vinte anos após a privatização de seus serviços públicos de água e esgoto, bem caracteriza os riscos de que falamos.
Acreditamos que a saída para a universalização do acesso aos serviços é a garantia de recursos perenes de financiamento, seja por meio de empréstimos (CEF e BNDES) ou de Recursos do Orçamento Geral da União (OGU) – sempre com profundo controle dos investimentos por parte da sociedade. Também defendemos a criação de um fundo para universalização do acesso, como já ocorre em outros setores, como o de energia, e um programa de revitalização e fortalecimento para as empresas públicas e autarquias. Seria necessário, ainda, a efetiva implementação da Lei 11.445/2007 com seus vários instrumentos, bem como do PLANSAB, além da criação de programas de apoio aos pequenos municípios na elaboração de seu plano de saneamento básico, entre outras medidas.
Enfim, defendemos que a garantia de água e esgotamento sanitário para todos(as) só será possível com o fortalecimento do papel do Estado e com a efetiva participação e controle por parte da sociedade. Reconhecemos que muito há de se avançar no saneamento, mas o remédio proposto no PL é para “matar o doente” e não para recuperá-lo.
Coordenação Geral ONDAS – Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento
No passado, as chamadas “aberrações humanas” eram utilizadas como atrações nos circos, os chamados circo de horrores (“freak shows”). Eram seres com anomalias genéticas em sua maioria. Pessoas com deformidades que eram abandonadas pela família e o donos dos circos os “adotavam”.
Pessoas como a Mulher Barbada, entre elas a famosa Annie Jones Elliot que possuía uma barba desde os nove meses de idade e que chegou a ganhar em dólares o equivalente ao então presidente dos Estados Unidos. Tinha de tudo: gêmeos que nasceram grudados (os famoso irmãos siameses), o garoto lagosta, a mulher mais feia do mundo, a mulher de quatro pernas,o homem elefante, anões e todo tipo de bizarrice.
O tempo, com a ajuda maravilhosa da Medicina, fez com que as pessoas passassem a entender que essas pessoas não eram bichos e sim humanos com anomalias genéticas.
Na Sociedade do Espetáculo essas aberrações entraram para o cenário da Política. No Brasil temos exemplos enorme de aberrações, que longe da genética, persiste na aberração ética, moral e intelectual. Nem dá pra exemplificar pois corro o risco de esquecer “atores! importantes!
SONETO LXV
Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar,
Pode sobreviver a formosura,
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte assédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do Tempo a tirania?
Onde ocultar – meditação atroz –
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que mão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o Tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor.
Sendo diversos os modos de alcançar o poder, a forma de reinar é sempre idêntica.
Os eleitos procedem como quem doma touros; os conquistadores como quem se assenhoreia de uma presa a que têm direito; os sucessores como quem lida com escravos naturais.
Se acaso hoje nascesse um povo completamente novo, que não estivesse acostumado à sujeição nem soubesse o que é a liberdade, que ignorasse tudo sobre uma e outra coisa, incluindo os nomes, e se lhe fosse dado a escolher entre o ser sujeito ou o viver a liberdade, qual seria a escolha desse povo?
Não custa a responder que prefeririam obedecer à razão em vez de servirem a um homem; a não ser que se tratasse dos israelitas, os quais, sem ninguém os obrigar e sem necessidade, elegeram um tirano [I Samuel, capítulo 8]; mas nunca leio a história de tal povo sem uma grande decepção e alguma fúria, tanta que quase me alegro por lhe terem acontecido tantas desgraças.
Segundo o biólogo Marc Bekoff, da Universidade do Colorado, nos EUA, os cachorros podem ser tão racionais que fazem planos para o futuro . Foto crédito Gilberto da Silva
Revendo meus arquivos encontro a correspondência de um amigo sobre a questões sobre Ética, Moral e o Amor, não posso deixar de registrar aqui, preservando sua identidade, que mesmo que esta missiva tenha sido trocada há vários anos passados ela continua atual
Caro amigo Gilberto
Há algum tempo atrás, nós estávamos escrevendo – através da internet (e-mail) as chamadas “provocações”. Em uma dessas provocações intituladas “As ideias fora de lugar” eu falei de um conceito utilizado – o AMOR, onde você Giba disse que fora do amor não existe ética – eu disse naquela ocasião que sempre entendi o seguinte: “o que nos diferencia de outras espécies é a Razão!! – Acredito então que o que permeia e nos faz éticos é também a racionalidade, dessa forma, diria “fora da racionalidade não existe ética”. Pois bem, acho que devo admitir que eu estava totalmente errado. Primeiramente porque o Amor não é somente emocional – o amor também pode ser fruto da razão (mas isso é uma discussão muito filosófica para as nossas reflexões futuras) – o que cabe neste momento é admitir um erro – pois uma vez que eu queria discutir a partir de um tema “As ideias fora de lugar” como posso afirmar que fora da racionalidade (que pode representar uma ideia no lugar) não existe ética. Os acontecimentos recentes (envolvendo o PT e sua direção em denúncias de corrupção) também contribuíram para eu entender que é necessário muito mais que a razão para nos manter éticos – talvez seja necessário mesmo – o AMOR, a Emoção, a Vergonha, a Pureza e tantos outros sentimentos ou reações humanas.
Eu estou escrevendo um artigo sobre Ética e Moral também abordando racionalidade e irracionalidade – por isso estou – teclando para você – é uma forma também de ordenar as ideias. Existe um filósofo (francês) Gilles G. Granger que escreveu um livro com o título: O irracional – que me influenciou bastante também – segundo ele existe algumas posturas que devemos ter perante o irracional – entre outras – fala que preciso utilizá-lo como recurso – na qual as regras são deliberadamente violadas ou abandonadas em busca de resultados novos ou inesperados – o que significa dizer que deixar de lado o racional pode ser um meio de renovar e prolongar o ato criador.
Penso que faltou isso ao partido no governo – e não a defesa corrente que todos dizem – “se não for assim – não se governa”.
Abraços
J.
PS: 1)Em O irracional, o filosofo francês procura considerar o sentido e a função do irracional em algumas obras humanas, mais especificamente na ciência. Segundo ele, a irracionalidade aparece quando a produção da obra se situa ou se desenvolve contra ou fora do quadro original, que eventualmente se tornou demasiado restrito ou esterilizado. Para Granger, o cientista, sobretudo o matemático, pode ter três posturas perante o irracional: a primeira seria encarar o irracional como obstáculo, que nada mais e do que o ponto de partida para o cientista reconquistar a racionalidade a partir do encontro com a irracionalidade. A segunda, classificada como recurso, manifesta-se na criação artística e tem a função de renovar e prolongar o ato criador. A ultima, denominada renuncia, e a verdadeira recusa do racional. Nesse caso, o produtor da obra renega o sistema originário de enquadramento do seu pensamento e da livre curso a sua fantasia.
2) Muito do conceito de AMOR que utilizei nas ditas provocações trocadas entre nós foi extraída dos pensamento de Humberto Maturana.
3) As provocações ocorreram antes do advento da “Lava Jato”.
4) Entre tantas leituras vale apena ler O Erro de Descartes, Emoção, Razão e Cérebro humano, livro de 1994, escrito pelo neurologista António Damásio.
Nesse mundo que se liquida, que se decompõe, sem alma, sem fé, sem consciência, precisamos recuperar nosso corpo, nossa liberdade, nossa alma, nossa consciência. Tenhamos alma, liberdade, amor e nosso corpo: para falar e cantar o que é nosso.
“Na natureza, as mudanças, seja qual for sua infinita diversidade, mostram um ciclo que sempre se repete: nada de novo sob o sol, e nesse sentido o jogo polimorfo das formas naturais não é isento de monotonia. Só se produz novidades nas mudanças que ocorrem no domínio espiritual.” Hegel
Mas não só a espiritual. É preciso lidar com as novas formas da materialidade, do real concreto, vivido. Somos mais que meros partidos, frações ou pedaços espalhados pelo chão. Somos Raízes, Esperanças, e Vontade. É possível, sim, sair do estado de melancolia e desespero!
A consciência da liberdade parte da reflexão sobre a tirania.
Ain’t Got No / I Got Life
Ain’t got no home, ain’t got no shoes
Ain’t got no money, ain’t got no class
Ain’t got no skirts, ain’t got no sweaters
Ain’t got no perfume, ain’t got no love
Ain’t got no faith
Ain’t got no culture
Ain’t got no mother, ain’t got no father
Ain’t got no brother, ain’t got no children
Ain’t got no aunts, ain’t got no uncles
Ain’t got no love, ain’t got no mind
Ain’t got no country, ain’t got no schooling
Ain’t got no friends, ain’t got no nothing
Ain’t got no water, ain’t got no air
Ain’t got no smokes, ain’t got no chicken
Ain’t got no
Ain’t got no water
Ain’t got no love
Ain’t got no air
Ain’t got no God
Ain’t got no wine
Ain’t got no money
Ain’t got no faith
Ain’t got no God
Ain’t got no love
Then what have I got
Why am I alive anyway?
Yeah, hell
What have I got
Nobody can take away
I got my hair, got my head
Got my brains, got my ears
Got my eyes, got my nose
Got my mouth
I got my
I got myself
I got my arms, got my hands
Got my fingers, got my legs
Got my feet, got my toes
Got my liver
Got my blood
I’ve got life
I’ve got lives
I’ve got headaches, and toothaches
And bad times too like you
I got my hair, got my head
Got my brains, got my ears
Got my eyes, got my nose
Got my mouth
I got my smile
I got my tongue, got my chin
Got my neck, got my boobs
Got my heart, got my soul
Got my back
I got my sex
I got my arms, got my hands
Got my fingers, got my legs
Got my feet, got my toes
Got my liver
Got my blood
I’ve got life
I’ve got my freedom
Ohhh
I’ve got life!
Eu Não Tenho / Eu Tenho Vida
Não tenho casa, não tenho sapatos
Não tenho dinheiro, não tenho classe
Não tenho saias, não tenho casacos
Não tenho perfume, não tenho amor
Não tenho fé
Não tenho cultura
Não tenho mãe, não tenho pai
Não tenho irmão, não tenho filhos
Não tenho tias, não tenho tios
Não tenho amor, não tenho ideia
Não tenho país, não tenho escolaridade
Não tenho amigos, não tenho nada
Não tenho água, não tenho ar
Não tenho cigarros, não tenho um franguinho
Eu não tenho
Não tenho água
Não tenho amor
Não tenho ar
Não tenho Deus
Não tenho vinho
Não tenho dinheiro
Não tenho fé
Não tenho Deus
Não tenho amor
Então o que eu tenho?
Por que mesmo eu estou viva?
Sim, inferno
O que eu tenho
Ninguém pode tomar
Tenho o meu cabelo, tenho minha cabeça
Tenho meu cérebro, tenho minhas orelhas
Tenho meus olhos, tenho meu nariz
Tenho minha boca
Eu tenho
Eu tenho a mim mesma