Mês: janeiro 2018

La Ciudad Liberada

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“La ciudad liberada”, último álbum lançado de Fito Páez, segue recebendo elogios, tanto na Argentina quanto no exterior.

Pelas diversas nuances que têm as 18 faixas que o compõem, pelas músicas que podem ser futuros clássicos e, entre outras coisas, pelas letras inspiradas de todo o trabalho. Segundo a revista Rolling Stone, “La Ciudad Liberada” é o melhor disco de Fito Páez em 20 anos.

“Tu Vida Mi Vida” é seu novo single e conta com o clipe que mostra um Fito íntimo, cantando junto com sua namorada Eugenia Kolodziej.

É uma música em midtempo que segundo Fito “tem algo que não pertence ao gênero da canção de amor, não é a clássica canção que você canta para sua namorada. Ela fala da fragilidade das mulheres e dos homens”.

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A Última Tentação de Cristo

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Foto Barbara Hershey, Martin Scorsese, Willem Dafoe.

Jesus (Willem Dafoe) é um carpinteiro que vive um grande dilema, pois é quem faz as cruzes com as quais os romanos crucificam seus oponentes. Resumindo, Jesus se sente como um judeu que mata judeus. Vivendo um terrível conflito interior ele decide ir para o deserto, mas antes pede perdão a Maria Madalena (Barbara Hershey), que se irrita com Jesus, pois não se comporta como uma prostituta e sim como uma mulher que quer sentir um homem ao seu lado. Ao retornar, Jesus volta convencido de que é o filho de Deus e logo salva Maria Madalena de ser apedrejada e morta. Então reúne doze discípulos à sua volta e prega o amor, mas seus ensinamentos são encarados como algo ameaçador, então é preso e condenado a morrer na cruz. Já crucificado, é tentado a imaginar como teria sido sua vida se fosse uma pessoa comum.

O livro que resultou no film é A última tentação, do escritor grego Nikos Kazantzákis (1883-1957). Publicado em 1955, o romance causou sentimentos de desaprovação em muitos religiosos por apresentar um Jesus demasiadamente humano.

O livro chegou a ser colocado pelo Vaticano no Index Librorum Prohibitorum (Índice dos Livros Proibidos); a Igreja Ortodoxa de Atenas tentou bani-lo da Grécia, além de abrir um processo de excomunhão do autor.

Dirigido por Martin Scorsese. Com: Willem Dafoe, Harvey Keitel, Barbara Hershey, Verna Bloom, Irvin Kershner, Victor Argo, Michael Been, Leo Burmester, Andre Gregory, Randy Danson, Harry Dean Stanton, David Bowie e Juliette Caton

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Émile Durkheim define o socialismo e transpõe gerações

O sociólogo francês Émile Dukheim já previa que o futuro da sociedade seria envolto ao individualismo, capitalismo exacerbado e emergente nas condições morais e sociais. Por isso, viu a necessidade de escrever o livro O Socialismo, publicado no Brasil neste mês pela Edipro, que compreende o movimento em questão como uma reforma necessária para recriar o instinto coletivo da humanidade.

Essa obra compila as aulas de Pedagogia e Ciência Sociais que Durkheim ministrava entre 1895 e 1896, na Faculdade de Letras de Bordeaux, na França. Trata-se de uma preciosa definição sobre o socialismo, suas origens e um estudo muito bem realizado sobre o pensamento de Saint-Simon.

O sociólogo preocupou-se em harmonizar muito bem a estrutura social a qual discutia, relacionando-a com o capitalismo intrínseco à época, as rupturas dos laços entre as pessoas e conceitos religiosos tradicionais.

“O socialismo não se reduz a uma questão de salários, ou, como se diz, do estômago. Ele é, antes de tudo, uma aspiração a uma reorganização do corpo social, cujo efeito será inserir o aparelho industrial de outra maneira dentro do organismo, de tirá-lo da sombra em que funcionava automaticamente, chamando-o à luz e ao controle da consciência.”

Sendo assim, para o autor compreender o próprio tempo, conceituou esta teoria por meio de estudos de pensadores prestigiados, como Platão, Thomas More, Campanella, Saint-Simon, Proudhon, Fourier e Marx, dentre outros.

O livro compõe o catálogo ‘Durkheim’, da Edipro, que contabiliza seis obras do autor, somando com: Da Divisão do Trabalho Social, O Suicídio, Sociologia e Filosofia, As Regras do Método Sociológico e Lições de Sociologia.

 

Sobre o autor: Sociólogo francês de renome mundial, Durkheim (1858-1917) é considerado o pai da Sociologia moderna. Professor de Sociologia e Pedagogia na Sorbonne e líder da chamada Escola Sociológica Francesa, foi o fundador da revista L’Année Sociologique, em 1896.

 

 

 

 

 

Ficha técnica:

Editora: Edipro

Preço: R$ 45,00

ISBN: 9788572839754

Edição: 1ª edição, 2016

Tradução e apresentação: Sandra Guimarães

Tamanho: 21×14

Número de páginas: 240

Em busca da felicidade

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Em junho de 1941 uma nova era do rádio brasileiro começou quando o locutor da Nacional anunciou:

“- Senhoras e senhoritas, o famoso creme dental Colgate apresenta o primeiro capítulo da empolgante novela de Leandro Blanco, em adaptação de Gilberto Martins : Em Busca da Felicidade.”

A radionovela, de origem cubana foi a maior parcela de audiência nos horários matutino e vespertino. Segundo Renato Ortiz[1], “a radionovela surge no Brasil como um produto importado produzido pela Standard Propaganda, agência de publicidade que administrava a conta da Colgate – Palmolive no Brasil e pretendia explorar uma fórmula já testada com sucesso nos Estados Unidos e em países latinos, oferecendo programas voltados às donas de casa e seguindo um padrão preestabelecido:

  1. a) temática é folhetinesca e melodramática;
  2. b) o público visado é composto por donas de casa.”

Em Busca da Felicidade tinha todos os elementos de um grande drama: casos de adultério, mãe solteira, tentativa de suicídio, amores não correspondidos, etc. A ficção deu lugar a realidade e a diversos fatos curiosos. Um dos personagens era um médico, o Dr. Mendonça, que recebia dos ouvintes pedidos de receitas e diagnósticos. Outro caso foi o da personagem grávida e desprotegida Carlota, que comoveu os ouvintes ao ponto destes chegaram a enviar enxovais de bebê, alimentos e dinheiro. Um fã doou uma herança ao galã de voz aveludada e um grupo de senhoras mandou rezar uma missa pela morte de uma personagem.

Carlota Morais

O horário escolhido para transmissão da primeira radionovela do Brasil foi o matinal, que era de baixa audiência. Por isso, o patrocinador criou uma estratégia para aferir a receptividade, oferecendo um brinde para quem enviasse um rótulo do creme dental Colgate. No primeiro mês chegaram 48 mil pedidos, comprovando a eficácia do novo programa. Depois disso, as radionovelas disseminaram-se pelas programações de todo o Brasil.

A primeira e autêntica história seriada radiofônica, durou dois anos e marcou época, abrindo os espaços hoje preenchidos pelas novelas televisadas.

[1] Ortiz , Renato . Telenovela : história e produção . São Paulo .Ed.Brasiliense . 1989.

Ouça a abertura da radionovela “Em Busca da Felicidade”

Reflexões sobre direitos

1. Todas as pessoas nascem livres e com os mesmos direitos, portanto devem viver a fraternidade.

Devem? livres? Fraternidade? Respeitamos essa igualdade?

2. Os direitos e as liberdades aplicam-se a todas as pessoas, sem fazer distinção por motivo de raça, cor, sexo, religião, opinião, situação social ou lugar de origem. Aplicamos estas regras no nosso cotidiano? Não somos racistas? Não somos intolerantes com outras religiões ou preferência sexual?

3. Todos tem direito de ser reconhecidos e tratados como pessoas humanas, em todas as situações.

Será mesmo que todos são tratados com o devido respeito?

4. Diz o artigo 10° da Declaração dos Diretos Humanos que “Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida”.

No dia a dia isto é respeitado?

E por, enquanto vamos ficar com o Artigo 21°

1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios, públicos do seu país, quer diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2.Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país.
3.A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos: e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.

A capitulação holandesa

Podia ser diferente? Podia. Seria melhor? Suposições, oras suposições.

Em 26 de janeiro de 1654 ocorria a capitulação do holandeses que entregaram para Portugal, a cidade de Recife e outras praças utilizadas como fortes no litoral. O Ato foi chamado de A Capitulação do Campo do Taborda, no Recife, de onde partiram os últimos navios holandeses para a metrópole europeia. Abandonava, a Holanda, o sonho do Brasil Holandês. Entregavam – devolviam? – também, a ilha de Fernando de Noronha. Começa, então, a Restauração pernambucana.

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Desenredo

Desenredo
Dorival Caymmi

Por toda terra que passo me espanta tudo que vejo
A morte tece seu fio de vida feita ao avesso
O olhar que prende anda solto
O olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego eu me enredo
Nas tranças do teu desejo
O mundo todo marcado à ferro, fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo, a morte o fim do novelo
O olhar que assusta anda morto
O olhar que avisa anda aceso
Mas quando eu chego eu me perco
Nas tramas do teu segredo
Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe
A cera da vela queimando, o homem fazendo seu preço
A morte que a vida anda armando, a vida que a morte anda tendo
O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego eu me enrosco
Nas cordas do seu cabelo
Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe…

São Paulo com Suco

Boa pedida para este feriado em SAMPA. Assistir um filme feito em 1980 – O Homem que Virou Suco – de João Batista de Andrade. Nunca me esqueço que na saída do Cine Olido, no dia do lançamento, o diretor veio me perguntar se gostei do filme….

A história de um migrante nordestino que chega a São Paulo e é confundido com um operário que matara o patrão.

 

Alguns detalhes de gastos numa viagem para o Espírito Santo

Por Gilberto da Silva

Saída de São Paulo para o Espírito Santos, dia 22, de um ano que não lembro mais qual, às 06h15 minutos. Antes um café na padaria da esquina que é o que São Paulo tem de melhor! Dutra e demais estradas: um saco! Chegada em Iriri, às 18h45m minutos de um dia quente.

Álcool: $25,00 + r$ 20 + 20,00 = R65,00. Café da manhã: R$ 72,00. Jantar no dia 22: R$15,00. No dia 24, paguei mais 20 conto pro álcool/combustível.. Em Vila Velha gastei r$ 8,70 por um almoço e paguei R$1,40 por uma cerveja. No pedágio pra Vila Velha paguei 0,95 centavos. Mas na minha viagem não poderia faltar uma pinga Reserva do Gerente que paguei R$ 10,00 mas não devia, tomei uma pinga boa e me venderam outra ruim, afinal, quem mandou cair no papo de bêbado com o atendente…

No caminho para Iriri, já cansado,  comi um lanche por 8 conto.

Na primeira noite, dia 23, houve um homicídio e uma tentativa de roubo. Segundo minha acompanhante, o homicídio seria qualificado. Programas policiais à parte, dormi. Dia seguinte, café da manhã e mais estrada. Gastei mais 50 conto para ir até Anchieta e lá mais 9 conto pro lanche e oito e cinquenta para sucos em geral. Bem, sobrou um bife no restaurante português por R$ 12,50. Tempo para retorno na história, padre, igreja etc.

Saco cheio de Anchieta, rumamos pra Domingos Martins, caminho que se deu através de Alfredo Chaves. Estrada de terra. Uma parada para curtir a Cachoeira de Matilde. Uma linda região com muita plantação  de café, criação de gado e de bananas. Até hoje quando vejo a cotação do café, lembro-me da região.

Em Domingo Martins, região de imigrantes alemães, o clima é das montanhas e nessa época 9 no dia da minha passagem) acontecia um festival de música. Muitos jovens. Bom clima. tempo para a Pedra Azul.

Retorno pelas belas paisagens.

Chegada em Guarapari, num sábado, duas cervejas (R$8,50) praia,, suco, mar e sol. Tudo bem, parecia o Guarujá.

Caldo verde em Iriri, à noite com bebidas e petiscos, tudo muito barato na casa de uns 9 mangos.

O Hotel em que estávamos hospedados só oferecia café da manhã com manteiga gelada, na verdade pedra de manteiga. Cansei de pão com presunto. Cansei de anotar os gastos!

Retornar, São Paulo nos espera!

Aniquilar ou não o inimigo?

Tudo bem que meus maiores amigos estão numa boa praticando o UBUNTU, mas as lições de ontem e hoje nos remete a algo mais forte em política. Quando no poder, devemos ou não aniquilar o inimigo? Voltem para 2002…  Até MOISÉS não foi piedoso…

LEI 15  de O PODER de Robert Greene

ANIQUILE TOTALMENTE O INIMIGO

Todos os grandes líderes sabem que o inimigo perigoso deve ser esmagado totalmente. Se restar uma só brasa, por menor que seja, acabará se transformando em fogueira. Perde-se mais fazendo concessões do que pela total aniquilação: o inimigo se recuperará, e se vingará. Esmague-o, física e espiritualmente. A ideia é simples: Seus inimigos não gostam de você. O que eles mais querem é acabar com você. Se ao combatê-los você parar no meio do caminho, ou mesmo depois de percorrer três quartos do caminho, por misericórdia ou esperança de reconciliação, você só os tornará mais determinados, mais amargurados, e um dia eles se vingarão. Eles podem agir cordialmente por uns tempos, mas isso só porque você os derrotou. Eles não têm outra escolha a não ser aguardar. A solução: Não ter misericórdia. Esmagá-los totalmente, como eles o esmagariam. A única paz e segurança que você pode esperar dos seus inimigos é quando eles desaparecem. O princípio por trás de “esmagar o inimigo” é tão antigo quanto a Bíblia: o primeiro a colocá-lo em prática foi Moisés, que a aprendeu com o próprio Deus, que abriu o mar Vermelho para os judeus e depois deixou que as águas fluíssem novamente afogando os egípcios que vinham logo atrás, de forma a “não sobrar nem um só deles”. Moisés, quando desceu do Monte Sinai com os Dez Mandamentos e viu seu povo adorando o Bezerro de Ouro, mandou matar todos os pecadores. E pouco antes de morrer, ele contou ao seu povo, finalmente prestes a entrar na Terra Prometida, que ao derrotarem as tribos de Canaã deveriam tê-las “destruído totalmente… sem aliança e nem misericórdia”. A vitória total como meta é um dos axiomas da guerra moderna, e foi codificada como tal por Carl von Clausewitz, o ministro filósofo da guerra.

Analisando as campanhas de Napoleão, von Clausewitz escreveu, “Nós sustentamos que a aniquilação total das forças inimigas deva sempre ser a ideia predominante (…) Uma vez obtida uma grande vitória não se pode falar em descansar, em respirar (…) mas apenas de perseguir, de ir atrás do inimigo novamente, conquistar a sua capital, atacar suas reservas e tudo mais que possa dar ao seu país ajuda e conforto”. Isso porque depois da guerra vêm as negociações e a divisão de território. Se você teve apenas uma vitória parcial, vai inevitavelmente perder nas negociações o que lucrou com a guerra. A solução é simples: não dê opção aos seus inimigos. Aniquile-os e você é quem vai trinchar o território deles.

O objetivo do poder é controlar seus inimigos totalmente, fazê-los sujeitar-se ao que você deseja. Você não pode se dar ao luxo de fazer concessões. Sem outra opção, eles serão forçados a fazer o que você manda. Esta lei não se aplica apenas ao campo de batalha. Negociações são como uma víbora insidiosa que corrói a sua vitória, portanto não negocie nada com o inimigo, não lhe dê nenhuma esperança, nenhum espaço de manobra. Eles estão esmagados e ponto final. Entenda isto: na sua luta pelo poder você vai despertar rivalidades e criar inimigos. Haverá pessoas que você não conseguirá convencer, que permanecerão suas inimigas não importa o que aconteça. Mas seja qual a dor que você lhes causar, deliberadamente ou não, não leve o ódio delas para o lado pessoal.

Reconheça apenas que não há possibilidade de paz entre vocês dois, principalmente se você continuar no poder. Se você deixar que elas fiquem por perto, elas vão procurar se vingar, com tanta certeza quanto depois do dia vem a noite. Esperar que elas mostrem suas cartas é tolice. Seja realista: com um inimigo assim por perto, você jamais terá segurança. Aprenda com os exemplos da história, e com a sabedoria de Moisés: não faça concessões. Não é uma questão de morte, é claro, mas de exílio. Suficientemente enfraquecidos e depois banidos para sempre da sua corte, seus inimigos se tornam inofensivos. Não têm mais esperanças de se recuperar, de vir se insinuando e ferir Você. E se for impossível bani-los, pelo menos saiba que eles estão tramando contra você, e não dê atenção aos seus gestos fingidos de amizade. A sua única arma numa situação dessa é a sua própria cautela. Se não puder bani-los imediatamente, então planeje o melhor momento para agir.

O INVERSO

Raramente se deve ignorar esta lei, mas acontece que às vezes é melhor deixar que os seus inimigos se destruam, se isso for possível, do que fazê-los sofrer nas suas mãos. Na guerra, por exemplo, um bom general sabe que atacando um exército encurralado seus soldados lutarão com muito mais entusiasmo. Por isso, às vezes é melhor lhes deixar uma saída de emergência, uma escapatória. Recuando eles se desgastam, e a retirada os deixa mais desmoralizados do que qualquer derrota nas mãos desse general no campo de batalha. Se você tem alguém com a corda no pescoço, então — mas só se você tiver certeza de não haver chances de recuperação — é melhor deixar que ele se enforque. Que ele mesmo seja o agente da sua própria destruição. O resultado será o mesmo, e você não se sentirá tão mal. Finalmente, ao esmagar um inimigo às vezes você o irrita tanto que ele passa anos a fio tramando uma vingança. O Tratado de Versalhes teve esse efeito sobre os alemães. Há quem diga que a longo prazo é melhor mostrar uma certa demência. O problema é que a sua demência implica um outro risco — ela pode encorajar o inimigo, que ainda guarda rancor, mas agora tem mais espaço para agir. Quase sempre é mais sensato esmagar o inimigo. Se anos depois ele quiser se vingar, não baixe a guarda, simplesmente esmague-o de novo. Pois é preciso notar que os homens devem ser afagados ou então aniquilados; eles se vingarão de pequenas ofensas, mas não poderão fazer o mesmo nas grandes ofensas; quando ofendemos um homem, portanto, devemos fazê-lo de modo a não ter de temer a sua vingança. Nicolau Maquiavel, 1469-1527