Mês: maio 2016

Pela afirmação e garantia dos Direitos Humanos e em defesa da Democracia

mndh

CARTA DE BRASÍLIA

 

Pela afirmação e garantia dos Direitos Humanos e em defesa da Democracia

 

A instauração pelo parlamento brasileiro – com apoio dos setores mais conservadores da sociedade (empresariado, ruralistas, grupos fundamentalistas religiosos e mídia tradicional) – do processo de impeachment contra a Presidenta da República Dilma Rousseff criou um cenário de instabilidade política e institucional que traz graves ameaças à democracia e à garantia dos direitos humanos.

 

É fato que este contexto de ameaças vem se acirrando ao longo dos últimos anos – já se evidenciava de forma contundente em 2010 quando os mesmos grupos se insurgiram contra o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) –, mas tem encontrado resistência de setores organizados da sociedade civil brasileira que defendem, de forma intransigente, a afirmação dos direitos.

 

Diante da complexidade da conjuntura atual e da agenda de retrocessos que vem se desenhando pelo grupo que tomou o poder de forma ilegítima, militantes e representantes de redes, movimentos e organizações reunidas/os em Brasília-DF para debater o fortalecimento do campo e da agenda popular de direitos humanos vêm por meio desta carta manifestar seu posicionamento:

 

Consideramos ilegítimo o governo do atual presidente interino Michel Temer (PMDB) por reconhecer que sua ascensão foi proveniente de um golpe articulado pelos setores derrotados nas eleições presidenciais de 2014, com ampla adesão de parte do judiciário, do empresariado e da mídia;

 

Contra o desmonte das garantias constitucionais como o voto. A democracia brasileira sofreu um ataque frontal com a admissão de um processo de impeachment declaradamente político contra uma presidente democraticamente eleita pela maioria do eleitorado brasileiro;

 

Contra o desmonte das políticas de universalização de direitos fundamentais consolidados na Constituição de 1988 (saúde, educação, moradia, entre outros) que vem sendo sinalizado pelo governo já nesta primeira semana de mandato interino;

 

Contra um ajuste fiscal que onera principalmente a classe trabalhadora e contra o desmonte de políticas que garantem direitos sociais, entre elas o Programa Minha Casa Minha Vida, o Programa Bolsa Família, SUS, FIES, PROUNI, PRONATEC;

 

Contra a criminalização dos movimentos sociais e das/dos defensoras/es de direitos humanos e pela preservação da garantia constitucional do direito à livre expressão e manifestação política;

 

Contra as ameaças aos direitos das mulheres e aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, e ao desmonte das políticas públicas nestas áreas, bem como daquelas que visam mitigar o racismo, a discriminação e o genocídio da juventude negra;

 

Contra a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que demonstra o descaso do governo interino para com a garantia dos Direitos Humanos, ferindo o princípio do não retrocesso expresso no Pacto de São José da Costa Rica, ratificado pelo Brasil;

 

Pela garantia da titulação dos territórios de povos indígenas e quilombolas;

 

Em repúdio às violações do direito à comunicação e à liberdade de expressão, expressas pelo governo interino por meio de ações como o fim o Ministério das Comunicações e pela ingerência sobre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com demissões e proposta de desmonte;

 

Em defesa do princípio constitucional da laicidade do Estado, que vem sendo sistematicamente violado em razão de interferências de cunho religioso nas esferas públicas e, em particular, no poder legislativo;

 

Por nenhum direito a menos, em defesa da Democracia e contra o golpe parlamentar, judicial e midiático em curso no país!

 

Brasília, 20 de maio de 2016

 

Assinam este manifesto:

 

Entidades:

 

Ação dos Cristãos pela Abolição da Tortura – ACAT

ANDI Comunicação e Direitos

Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB

Articulação de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB

Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil

Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG

Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia – AATR-BA

Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente– ANCED

Centro Feminista de Estudos e Assessoria – CFEMEA

Centro Popular de Formação da Juventude – Vida e Juventude

Comissão Brasileira Justiça e Paz – CBJP/CNBB

Comissão Pastoral da Terra

Comitê Pró Democracia

Conselho Indigenista Missionário – CIMI

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC

Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB

Conselho Pastoral dos Pescadores – CPP

Criola

Encontro Nova Consciência

Feact Brasil

Fian Brasil

Fundação Grupo Esquel Brasil

Geledés Instituto da Mulher Negra

Instituto de Capacitação Assessoria e Projetos – ICAP

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE

Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC

Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social

IPÊS

Justiça Global

Marcha Mundial do Clima

Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB

Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH

PAD Articulação e Diálogo Internacional

Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil

Relatoria de Direitos Humanos e Estado Laico

Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH

Sociedade Paraense de Direitos Humanos – SDDH

Terra de Direitos

URI Brasília

Visão Mundial

 

Pessoas:

 

Clara Evangelista – INCRA/ABRA

Ivanilda Figueiredo – Relatora de Direitos Humanos e Estado Laico

Tatiane Duarte – Doutoranda em Antropologia Social – UnB

Veet Vivarta

 

Adesões:

 

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT

Coletivo Nacional de Juventude Negra – Enegrecer

Laboratório de Educação em Direitos Humanos do Colégio Pedro II – LAEDH

Publicidade

Universidade, poder e direitos humanos

oedh_logo
Quarto colóquio, 1º de junho, trata de Gênero, violência e universidade

Nos 40 anos da Unesp, o Grupo de Pesquisa: Ética, Educação e Direitos Humanos, vinculado ao Observatório de Educação em Direitos Humanos da Unesp, sediado em Bauru, propõe reflexões e debates sobre alguns aspectos fundamentais da universidade pública brasileira no contexto da realidade contemporânea.

O Colóquio 4, sobre Gênero, violência e universidade, ocorre dia 1º de junho.
Matérias jornalísticas, de redes sociais virtuais e textos acadêmicos têm denunciado/demonstrado que preconceitos e violências de gênero em escolas e universidades não têm encontrado resistências capazes de minimizá-los. Utilizando gênero como categoria analítica a proposta do colóquio é discutir a violência de gênero na Universidade, tema que vem sendo divulgado como expressão das graves denúncias de violações de direitos humanos ocorridas nos meios acadêmicos.

Expositora: Profa. Dra. Lílian Henrique de Azevedo
Graduada e doutora em História pela Unesp-Assis. Realiza estudos realacionados à Educação e Mídia, Violência de Gênero e Mída e Sociedade. É membro dos grupos de pesquisas: Cultura & Gênero (Unesp-Marília) e Ética, Educação e Direiros Humanos (Unesp-Bauru). Desenvolve Pós-doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Unesp-Marília.

Interlocutora: Profa. Dra. Maria de Fátima Salum 
Doutora em História Social / FFLCH – USP.  É professora aposentado do Departamento de Educação e Colaboradora no Programa de Pós Graduação FCT – UNESP.  É também Professora Permanente no Programa de Pós-Graduação em Educação da UNOESTE – Presidente Prudente

Mediadores: Daniela do Canto Alves e João Gabriel

Dia: 1º de junho (quarta-feira)
Horário: 19h30 às 21h30
Acesso online: tv.unesp.br/direitoshumanos

Realização: Grupo de Pesquisa: Ética, Educação e Direitos Humanos

Observatório de Educação em Direitos Humanos

Apoio técnico: Fábio Cardoso (TVU/Unesp-Bauru)

Instituição: Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação e Faculdade de Ciências
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP

Ciclo de Palestras: Vegetarianismo e Meio Ambiente

vegetarianismo

Ciclo de Palestras: Vegetarianismo e Meio Ambiente

Este Ciclo visa possibilitar um espaço de compartilhamento de conhecimento, estudos e experiências sobre o Vegetarianismo e interface com o meio ambiente e a saúde.

Coordenação: Mirian Mayumi Okada e Suely Feldman Bassi
Facilitadores: palestrantes convidados

Cronograma:

2 de junho de 2016, quinta-feira, das 9h às 12h

Impactos ambientais da indústria da carne
Facilitação: Ravi Orsini – Gestor Ambiental (USP), mestrando no Programa de Ciência Ambiental (USP)

 

7 de junho de 2016, terça-feira, das 9h às 12h

A evolução do ser humano e a alimentação
Facilitação: Sérgio Greif – Biólogo (UNICAMP), mestre em Alimentos e Nutrição (UNICAMP)

 

14 de junho de 2016, terça-feira, das 14h às 17h

Uma visão médica da dieta Vegetariana
Facilitação: Luiza Savietto – Médica (UFF-RJ), nutróloga (ABRAN/Santa Casa SP)

 

21 de junho de 2016, terça-feira, das 9h às 11h

Vivisecção: mal necessário?
Faciliação: João Epifânio Regis Lima – Biólogo (USP), mestre em psicologia(USP), doutor em filosofia (USP)

 

30 de junho de 2016, quinta-feira, das 14h às 17h

Vegetarianismo na infância
Facilitação: Ana Ceregatti – Nutricionista (Centro Universitário São Camilo e pós-graduada em nutrição clínica pela faculdade CBES)

 

Vagas: 50

Local: Sede da UMAPAZ – Parque Ibirapuera. Av. Quarto Centenário, 1268.
Pedestres: Portão 7A
Estacionamento: Portão 7 da Av. República do Líbano (Zona Azul).

Inscrições: aqui
*Atenção! É necessário fazer inscrição para cada palestra

 

Femina

forummube_femina-2-768x768

Reflexões sobre as intersecções da arte em um território transdisciplinar, colaborativo, estabelecendo espaços possíveis para novos paradigmas da arte contemporânea.

07 de junho de 2016 – FEMINA

Refletir sobre seus possíveis desdobramentos em interface com a arte hoje.

PALESTRANTES

Muna Zeyn
Coordenadora da Rede Nacional Feminista de Mulheres

Maria Sylvia Oliveira
Presidente do Geledés

Regiani Ritter
Jornalista Esportiva da Rádio Gazeta

Thais Azevedo
Coordenadora do Centro de Referência da Diversidade

Olívio Guedes
Curador
MEDIAÇÂO

Cildo Oliveira
Artista Visual

A esquerda é sempre a outra

Pablo Picasso. La Suppliante. 1937. Oil on canvas. Gouache and China ink on wood. Musée Picasso, Paris, France.

Pablo Picasso. La Suppliante. 1937. Oil on canvas. Gouache and China ink on wood. Musée Picasso, Paris, France.

Por Gilberto da Silva

O sujeito nas redes sociais se coloca como crítico da Esquerda. Escreve laudas de protestos ao que passou, ilustra com exemplos o que quer criticar: inúmeros às vezes… Cadê a ética da esquerda? proliferando questões provocativas em suas postagens. A Esquerda é isso; a Esquerda é aquilo… Todos capitulados pelo capital e pela corrupção!!

Nas rodas de conversa, entre uma provocação e uma piadinha, sempre sai com um bem ensaiado: quando é que a esquerda vai mudar o seu discurso? Pergunta sempre acompanhada de um sorriso amarelo no rosto. Lista em suas retóricas uma série de erros: os anarquistas erraram, os stalinistas eram assassinos, os “trotiquistas” sonhadores, os petistas corruptos etc e tal, etc e tal.  Soma-se a ele inúmeros lambertismo, morenismo, lulismo, clericalismo, revisionismo, cubanismo, chavismo, ilusionismos…

Vai dai que você já deve estar associando o sujeito em questão como mais um “coxinha” amarelado pelo tempo; ou, na melhor das hipóteses, um belo seguidor de Mises. Ou um desses garotinhos que estão loucos para aparecer na foto oficial do Temer. Mas, muito pelo contrário, esse sujeito questionador se classifica de Esquerda. Mas a esquerda não o representa. Até aqui poderíamos achar que este é um belo exemplar da contribuição ao desenvolvimento das novas forças culturais e políticas  que estão florescendo por todo o universo.

Para ele a Esquerda é como uma rio onde ele fixa seus olhos nas águas correntes. É algo que passa, fugidia, intangível…  O Outro sempre é o culpado, aquele que errou e tem que pagar por todos os seus pecados. Como já cantarolou Caetano Veloso: “É que Narciso acha feio o que não é espelho/ E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho.”

Ah! Beleza!, ele também é de esquerda e critica a esquerda… Mas é dialético? É propositivo? Contribuí para a mudança de paradigmas? Sonhas o sonho de uma nova Utopia? Ou é mais um parasita social? O que ele faz para mudar “as condições objetivas da história”? Ele me pergunta: a esquerda ainda tem salvação? Eu respondo perguntando: você é de esquerda? Ele vaticinaretruca que sim. Eu lhe respondo: Você ainda acha necessária a defesa da Esquerda? Ele responde: não. Eu lhe digo: então morra! A Esquerda Morreu. Viva a Esquerda!

Hoje, dia 29 de maio, é comemorado o Dia do Geógrafo

milton

Hoje, dia 29 de maio, é comemorado o Dia do Geógrafo. Nossa homenagem ao maior deles!

Um grande geógrafo brasileiro:
Milton Santos nasceu em Brotas de Macaúbas, na Bahia, em 3 de maio de 1926. Foi alfabetizado pelos pais, professores primários e aos 13 anos aprendeu a falar francês. Aos 13 anos, Milton dava aulas de matemática no ginásio em que estudava, aos 15 começou a lecionar Geografia e, aos 18, prestou vestibular para Direito em Salvador. Formado em Direito, não deixou de se interessar pela Geografia. Concluiu seu doutorado em 1958 na Universidade de Strasburgo, na França e ao regressar ao Brasil, criou o Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais, mantendo intercâmbio com os mestres franceses. Após seu doutorado, teve presença marcante na vida acadêmica, em atividades jornalísticas e políticas de Salvador e em 1960, foi nomeado subchefe do Gabinete Civil do presidente Jânio Quadros.

Milton Santos foi consultor da ONU, da OIT, da OEA e da Unesco. Por causa de sua posição política, foi perseguido e preso durante a ditadura militar, passando dois meses num quartel de Salvador. Libertado, partiu para a o exílio, permanecendo 13 anos fora do Brasil, lecionando nas principais universidades francesas, no Canadá, nos Estados Unidos e América Latina. Sua obra “O espaço dividido”, publicada em 1979, é hoje considerado um clássico mundial, onde apresenta uma teoria sobre o desenvolvimento urbano nos países subdesenvolvidos. Suas idéias de globalização, desenvolvidas antes que este conceito se popularizasse, advertia para a possibilidade de gerar o fim da cultura, da produção original do conhecimento – conceitos depois desenvolvidos por outros autores. Em Por uma Outra Globalização, livro escrito por Milton Santos dois anos antes de morrer, apresenta uma abordagem crítica sobre o processo perverso de globalização atual na lógica do capital, apresentado como um pensamento único. Segundo ele, esse processo, da forma como está configurado, transforma o consumo em ideologia de vida, fazendo de cidadãos meros consumidores, massificando e padronizando a cultura e concentrando a riqueza nas mãos de poucos. Milton Santos recebeu o Prêmio Vautrin Lud, em 1994, considerado o Nobel da Geografia, foi membro da Comissão de Justiça e Paz do estado de São Paulo, onde faleceu em 24 de junho de 2001.

Quero ver #LuizaErundina nos debates da TV

queroErundinanosdebates

Por Gilberto da Silva

Uma das maiores aberrações que poderá acontecer nessas eleições para a prefeitura da Cidade de São Paulo é a ausência nos debates de televisão da futura candidata Luiz Erundina. A nova lei eleitoral feita na escuridão pelo deputado Eduardo Cunha só garante o direito à presença nos debates aos candidatos de partidos e coligações que tenham a partir de 9 deputados federais na Câmara dos Deputados, desconsiderando a efetiva representatividade dos candidatos e impedindo que o eleitor tenha acesso a novas ideias.

Vejamos o que diz o artigo 46 da Lei nº 9.504/1997 da reforma eleitoral que passou a assegurar a participação em debates de candidatos dos partidos com representação superior a nove deputados federais e facultada a dos demais:

 

Art. 46. Independentemente da veiculação de propaganda eleitoral gratuita no horário definido nesta Lei, é facultada a transmissão por emissora de rádio ou televisão de debates sobre as eleições majoritária ou proporcional, sendo assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação superior a nove Deputados, e facultada a dos demais, observado o seguinte:

  • Caputcom redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
  • -TSE, de 16.6.2010, na Cta nº 79636: possibilidade de realização, em qualquer época, de debate na Internet, com transmissão ao vivo, sem a condição imposta ao rádio e à televisão do tratamento isonômico entre os candidatos.

I – nas eleições majoritárias, a apresentação dos debates poderá ser feita:

  1. a) em conjunto, estando presentes todos os candidatos a um mesmo cargo eletivo;
  2. b) em grupos, estando presentes, no mínimo, três candidatos;

II – nas eleições proporcionais, os debates deverão ser organizados de modo que assegurem a presença de número equivalente de candidatos de todos os partidos e coligações a um mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar-se em mais de um dia;

III – os debates deverão ser parte de programação previamente estabelecida e divulgada pela emissora, fazendo-se mediante sorteio a escolha do dia e da ordem de fala de cada candidato, salvo se celebrado acordo em outro sentido entre os partidos e coligações interessados.

  • 1º Será admitida a realização de debate sem a presença de candidato de algum partido, desde que o veículo de comunicação responsável comprove havê-lo convidado com a antecedência mínima de setenta e duas horas da realização do debate.
  • -TSE nº 19433/2002: aplicação desta regra também quando são apenas dois os candidatos que disputam a eleição, salvo se a marcação do debate é feita unilateralmente ou com o propósito de favorecer um deles.
  • 2º É vedada a presença de um mesmo candidato a eleição proporcional em mais de um debate da mesma emissora.
  • 3º O descumprimento do disposto neste artigo sujeita a empresa infratora às penalidades previstas no art. 56.
  • 4º O debate será realizado segundo as regras estabelecidas em acordo celebrado entre os partidos políticos e a pessoa jurídica interessada na realização do evento, dando-se ciência à Justiça Eleitoral.
  • Parágrafo 4º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.
  • Para os debates que se realizarem no primeiro turno das eleições, serão consideradas aprovadas as regras, inclusive as que definam o número de participantes, que obtiverem a concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) dos candidatos aptos, no caso de eleição majoritária, e de pelo menos 2/3 (dois terços) dos partidos ou coligações com candidatos aptos, no caso de eleição proporcional.
  • Parágrafo 5º com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
  • art. 16-A desta lei.

 

Como podemos analisar, a lei garante a possiblidade de que se houver, a partir de um acordo democrático, a concordância de pelo menos dois terços dos candidatos, o concorrente que não preencher este requisito poderá passar a participar dos debates na televisão.

Luiza Erundina possui uma vida inteira dedicada à política. Foi secretária de Educação de Campina Grande, na Paraíba; fundou o PT; elegeu-se vereadora de São Paulo; foi deputada estadual e prefeita da maior cidade da América Latina; foi Ministra da Administração Federal e é deputada federal desde 1998.

Ficar sem a presença da ex-prefeita Luiza Erundina nos debates será uma perda para a democracia e uma perca de qualidade, pois Erundina representa uma parcela significativa da sociedade que quer ter voz e ser ouvida.

Aquele que é um defensor da democracia precisa reivindicar seu direito de VER LUIZA nos debates eleitorais, dialogando com os outros candidatos e contribuindo para uma eleição democrática.

#queroverluizanosdebates #querovererundinanatv #queroverluizaerundina

 

25 de maio, Dia do Trabalhador Rural

Da página do MST

Da página do MST

Os trabalhadores rurais são homens e mulheres que retiram do campo a subsistência e renda. De proprietários de terras a trabalhadores formais e informais, o homem do campo, apesar da importância, enfrenta dificuldades que vão desde a falta de investimento público no ensino das áreas rurais à contaminação pelo uso de agrotóxicos nas lavouras.

 

Livro destaca biodiversidade em paisagens agrícolas do Sudeste

Obra com download gratuito aborda aspectos biológicos e humanos relativos à conservação da biodiversidade em paisagens alteradas pela agricultura

Obra com download gratuito aborda aspectos biológicos e humanos relativos à conservação da biodiversidade em paisagens alteradas pela agricultura

Diego Freire  |  Agência FAPESP – Com uma economia fortemente baseada na cana-de-açúcar, em plantações de eucalipto e na pecuária, o Estado de São Paulo tem paisagens naturais continuamente transformadas pelo uso intenso do solo, o que altera também o hábitat natural de diversas espécies nativas.

O papel da ciência no equilíbrio dessa relação é abordado em Biodiversity in Agricultural Landscapes of Southeastern Brazil, publicado pela editora alemã De Gruyter. O livro reúne textos de pesquisadores de diversas instituições, que abordam as dimensões humanas e biológicas relativas à conservação da biodiversidade em paisagens alteradas do Sudeste do Brasil, contemplando fauna e flora.

“O que antes era visto como um conflito, a relação entre produção e conservação, hoje se apresenta como uma interdependência. Mas, para que essa relação ocorra de maneira equilibrada, é preciso conhecer em profundidade a biodiversidade dessas paisagens agrícolas, contribuindo para o desenvolvimento da agricultura e também para a conservação das espécies”, disse Luciano Martins Verdade, professor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP.

Verdade, que é um dos editores do livro, conta que muito do conhecimento apresentado na obra é derivado das pesquisas realizadas no âmbito do BIOTA, cujo objetivo é conhecer, mapear e analisar a biodiversidade do Estado de São Paulo, incluindo a fauna, a flora e os microrganismos, avaliando as possibilidades de exploração sustentável de plantas ou de animais com potencial econômico e subsidiando a formulação de políticas de conservação.

“Graças ao conhecimento acumulado ao longo de inúmeras dessas pesquisas foi possível apresentar uma revisão histórica dos processos que mudaram a paisagem no Estado de São Paulo e que seguem provocando importantes transformações”, disse.

A partir desse panorama, os autores discutem, já no primeiro capítulo, os principais elementos que caracterizam uma área bem preservada, tratando dos diferentes tipos de pressão que os hábitats sofrem e dos processos ecológicos resultantes delas, além do papel das populações locais em iniciativas de conservação. São abordados a história da agricultura no estado, os impactos agrícolas na vida selvagem e perspectivas para o futuro do setor, entre outros temas.

Nos capítulos seguintes é travada uma discussão sobre a atenção dada por pesquisadores às influências da atividade humana sobre as espécies selvagens e seus hábitats, como os impactos da construção de estradas.

“A maioria dos biomas tem sido intensamente modificada, mas alguns ainda são capazes de preservar uma biodiversidade considerável. O caminho para um equilíbrio não deve se restringir à biologia, mas também contemplar todas as dimensões humanas envolvidas para que se possa alcançar o ideal de conservação da biodiversidade em paisagens agrícolas”, disse Verdade.

Também é abordada a biodiversidade para além das plantas e dos animais, contemplando os microrganismos do solo. O capítulo 5, por exemplo, trata dos mecanismos de avaliação da diversidade e da estrutura das comunidades microbianas do solo por meio de ferramentas moleculares.

Também são apresentadas tecnologias de sequenciamento, técnicas biogeoquímicas para avaliação da qualidade da fertilidade do solo e aspectos relacionados à biomassa microbiana.

Os autores apresentam ainda estudos de caso sobre a relação entre a diversidade de aves e o uso da terra em paisagens agrícolas, os padrões alimentares de macacos bugios em uma floresta urbana, a geometria de determinadas paisagens e os padrões de queda de folhas em uma região do Sudeste brasileiro.

O livro está disponível na íntegra, em acesso aberto e para download gratuito, no site da editora. Também é possível comprar exemplares impressos.

Biodiversity in Agricultural Landscapes of Southeastern Brazil
Editores: Carla Gheler-Costa, Maria Carolina Lyra-Jorge e Luciano Martins Verdade
Lançamento: 2016
Preço: US$ 224 (acesso aberto on-line)
Páginas: 342
Mais informações: De Gruyter