No vídeo falo do livro As Rosas e a Revolução, terceiro livro da escritora Karina Dias – ou da minha amiga Eliana Natividade, um romance envolvente que narra a história de Vilma a partir dos movimentos estudantis de 1968. É uma lindo romance lésbico de 352 páginas. Aos 17 anos, Vilma, a filha perfeita e despolitizada do coronel Solano aceita um convite que mudará a sua vida. Decide acompanhar a amiga Maristella em um passeio no restaurante estudantil Calabouço, no Rio de Janeiro. Queria ver de perto como eram os cabeludos comunistas que o pai tantas vezes praguejava. Viu muito mais. Testemunhou a invasão policial do restaurante e foi resgatada do terror por Alda, militante da UNE, por quem se apaixonou perdidamente.
O brasilianista John French, da Duke University (EUA), resgatará questões sociais e políticas do país surgidas durante o século XX, a partir do itinerário do metalúrgico Eloy Martins (1911-2005), neto de escravos africanos, nascido no Estado do Rio Grande do Sul. Desde cedo Martins identificou-se com o movimento revolucionário brasileiro, cujo impulso foi muito influenciado pela Revolução Russa de 1917. Em 1928 ingressou no Bloco Operário e Camponês (BOC) e, em 1933, no Partido Comunista do Brasil (PCB).
Martins militou entre os operários do Sul. Atravessou as ditaduras do Estado Novo (1937 – 1945) e a Militar (1964 – 1985). Viveu na clandestinidade. Foi preso em 1971, em São Paulo, na região do ABC, aos 60 anos de idade. Foi torturado e permaneceu encarcerado até 1973. “Sua vida ilumina a influência exercida pela Revolução Russa nos movimentos de esquerda do Brasil”, assinala French, que considera o evento de 1917 um ícone da modernidade global do qual se originou o mais ambicioso movimento político internacional.
Conferencista:
Prof. Dr. John French – Professor do Departamento de História da Duke University (EUA). Historiador da América Latina contemporânea, especializado em Brasil. Em 2004 publicou a obra Drowning in Laws: Labor Law and Brazilian Political Culture, na qual examina as origens da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e o papel que desempenhou na formação cultural e política da classe trabalhadora brasileira. Ultimamente vem realizando estudos, inclusive no CEDEM, para a elaboração do livro A astúcia política de Lula: do sindicalismo à presidência no Brasil. O trabalho ocorre no âmbito de um projeto de pesquisa internacional, co-organizado por French, sobre a possibilidade de aprofundar a democracia e combater as desigualdades.
Apresentação: Profa. Dra. Sonia Troitiño – Coordenadora do CEDEM. É professora da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp, Câmpus de Marília.
Debate Cedem A influência da Revolução Russa na trajetória de um metalúrgico negro Data e horário: 10/05/2017, 4ª feira às 18h30; Local: Praça da Sé, 108 – 1º andar (metrô Sé);
Informações: (11) 3116–1701 Inscrições gratuitas: http://www.cedem.unesp.br/#!/evento1
E-mail: eventos@cedem.unesp.br http://www.cedem.unesp.br https://www.facebook.com/Cedem_unesp_oficial-718842781598083
*Certificado de participação será retirado no dia do evento
Numa tarde de setembro de 2010, Jerri Adriani surpreendia seus fãs que lotaram a Casa de Cultura Chico Science, então com a coordenadoria do meu colega Paulo Cassa, para assistir numa tarde da semana um show maravilhoso. Jerri esbanjou simplicidade e humildade. Jair Alves de Souza que nasceu em 29 do janeiro de 1947, no bairro do Brás, em São Paulo, não hesitou em tirar fotografias e selfs com a predominante plateia de terceira idade. Jerri entrou no palco e desfilou sucessos dos bons tempos da juventude de quem estava na plateia.
Jerry Adriani, ídolo da Jovem Guarda, morreu neste domingo (23/04) no Rio de Janeiro, aos 70 anos. Ele enfrentava um câncer e estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Recentemente, o cantor também sofreu uma trombose em uma das pernas.
Durante o show, Jerri contou um pouco da sua história, de seus sucessos e da sua relação com outros artistas em, até então, mais de 45 anos de carreira. Apenas como ilustração, contou como Raulzito (Raul Seixas) e os Panteras atuaram como banda de apoio de Jerry por três anos. O cantor gravou músicas de Raul (”Tudo que é bom dura pouco”, “Tarde demais” e “Doce doce amor”) e foi produzido pelo maluco beleza entre 1969 e 1971.
O primeiro disco foi “Italianíssimo”, quando cantava músicas em italiano, algo que seguiu fazendo em toda a carreira.
Em 1965, o cantor passou a gravar em português, com músicas reunidas no disco “Um grande amor”.
O cantor da Jovem Guarda cantou e levantou o público da terceira idade e deixou o romantismo tomar conta da plateia enquanto resgatava os grandes sucessos da Jovem Guarda, como Doce Doce Amor.
Jerri Adriani também atuou no cinema, cantando e interpretando em “Essa gatinha a minha” (com Peri Ribeiro e Anik Malvil); “Jerry, A grande parada”; e “Jerry em busca do tesouro” (com Neyde Aparecida e os Pequenos Cantores da Guanabara).
Com certeza todos e todas que estiveram ali naquela tarde, 24 de setembro de 2010, na Casa de Cultura Chico Science, no Ipiranga, São Paulo, saíram mais felizes e contentes por estar perto de um ídolo.
De 21 a 30 de abril, o Teatro Armando Gonzaga recebe o Projeto Solos em Cena, uma parceria entre a Cia Plúmbea e a Cia Teatro Vivo, que consiste em apresentações dos espetáculos A Arte de Enterrar seus Mortos, inspirado no mito de Antígona de Sófocles, com Ana Cecilia Reis e Francisco, um santo sem órgãos, inspirado na vida de São Francisco de Assis com textos de Antonin Artaud, com Rodrigo Carvalho.
Serviço:
Francisco, um santo sem órgãos: de 21 a 23 de abril, às 19h. sextas, sábados e domingos.
R$20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia).
Sinopse: Em um mundo devastado pelo ódio e a maldade, um homem opta deixar sua vida burguesa, vivendo com o mínimo possível e pregando amor. A obra de Francisco de Assis sob um prisma científico, com texto criado a partir de biografias escritas após a sua morte e com fragmentos do poeta francês Antonin Artaud. Roteiro e atuação: Rodrigo Carvalho. Direção: Ana Cecilia Reis e Rodrigo Carvalho.
A Arte de Enterrar seus Mortos: de 28 a 30 de abril, às 19h.
sextas, sábados e domingos.
R$20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia).
Sinopse: Uma mulher grita. Com o que resta de suas forças, joga um punhado de terra sobre o corpo morto de seu irmão. E assim, se faz uma criminosa. A história de Antígona, a princesa banida, que retorna à sua terra natal para cumprir os rituais fúnebres de seu irmão. Mas sua manifestação de amor fraterno a torna uma fora da lei, e como tal, será julgada. Texto e direção: Ronaldo Ventura. Atuação: Ana Cecilia Reis.
Endereço: Av. Gal Osório Cordeiro Farias, 511 – Marechal Hermes – RJ
Grandes nomes da cinematografia contemporânea integram a Seleção Oficial da 70ª edição do Festival de Cannes, que vai acontecer de 17 a 28 de maio. Ao todo, 18 filmes vão disputar a Palma de Ouro, nenhum latino americano. Embora o Brasil, que brilhou em 2016 com Aquarius de Kléber Mendonça Filho, não participe da disputa principal, Vazio Do Lado de Fora de Eduardo Brandão Pinto (Universidade Federal Fluminense) competirá na Seleção Cinéfondation, voltada a curtas-metragens produzidos em escolas de cinema com o objetivo de encontrar novos talentos. Outra novidade é que a atriz Sandrine Kiberlain será a presidente do júri da Câmera de Ouro, função já desempenhada por nomes como Wim Wenders, Tim Roth, Abbas Kiarostami, Agnès Varda e o brasileiro Cacá Diegues. O júri da Câmera de Ouro é responsável pela escolha do melhor primeiro longa metragem da Seleção Oficial, da Quinzena dos realizadores e da Semana da Crítica. O presidente do júri principal será o espanhol Pedro Almodóvar.
Sempre ouvi esta música cantada pela Rita Lee (eu acreditava que ela era a autora da letra) aliando um misto de religiosidade e romantismo. Sabia que a referência era Jesus. Mas lendo as entrelinhas, as metáforas da canção, situando-a historicamente, podemos entender que podia também estar a referir-se as centenas de Josés que tiveram que sair do Brasil rumo ao exílio. Mas, em verdade, o autor da música original “Joseph” foi Georges Moustaki – compositor francês de origem grega – e brilhante Nara Leão fez a versão em português “Meu Bom José”, interpretada primeiramente pela Rita Lee, nos anos 70, no álbum Buid UP. A música, a propósito, leva a reminiscência da minha infância na cidade de Cambará no início dos anos 1970 quando ouvia essa canção em rádio na casa de meu irmão também chamado José.
José Olha o que foi meu bom José Se apaixonar pela donzela Dentre todas a mais bela De toda sua Galiléia
Casar com Deborah ou com Sarah Meu bom José você podia E nada disso acontecia Mas você foi amar Maria
Você podia simplesmente Ser carpinteiro e trabalhar Sem nunca ter que se exilar De se esconder com Maria
José G. Moustaki . Versão Nara Leão) RITA LEE
e o que foi meu bom José Se apaixonar pela donzela Dentre todas a mais bela De toda a sua Galiléia
Casar com Débora ou com Sara Meu bom José, você podia E nada disso acontecia Mas você foi amar Maria
Você podia simplesmente Ser carpinteiro e trabalhar Sem nunca ter que se exilar De se esconder com Maria Meu bom José você podia ter muitos filhos com Maria E teu ofício ensinar Como teu pai sempre fazia
Por que será, meu bom José Que este teu pobre filho um dia Andou com estranhas idéias Que fizeram chorar Maria
Me lembro às vezes de você Meu bom José, meu pobre amigo Que dessa vida só queria Ser feliz com sua Maria.
MÚSICA FRANCESA Joseph Georges Moustaki
Joseph Georges Moustaki Voilà c que c est, mon vieux Joseph Que d avoir pris la plus jolie Parmi les filles de galilée Celle qu on appelait Marie
Tu aurais pu, mon vieux Joseph Prendre sarah ou Déborah Et rien ne serait arrivé Mais tu as préféré Marie
Tu aurais pu, mon vieux Joseph Rester chez toi, tailler ton bois Plutôt que d aller t exiler Et te cacher avec Marie
Tu aurais pu, mon vieux Joseph Faire des petits avec Marie Et leur apprendre ton métier Comme ton père te l avait appris
Pourquoi a-t-il fallu, Joseph Que ton enfant, cet innocent Ait eu ces étranges idées Qui ont tant fait pleurer Marie?
Parfois je pense à toi, Joseph Mon pauvre ami, lorsque l on rit De toi qui n avais demandé Qu à vivre heureux avec Marie.
Debate: Percepções políticas das periferias de São Paulo
O que pensam os moradores das periferias de São Paulo sobre a política, o trabalho, os serviços públicos e os espaços de sociabilidade, como a família e a igreja? Procurando responder a questões como essa, a Fundação Perseu Abramo divulgou recentemente os resultados da pesquisa “Percepções e valores políticos nas periferias de São Paulo”. Um dos achados mais discutidos da pesquisa foi a presença de valores liberais nas visões de mundo dos entrevistados. Porém, se de um lado eles veem o Estado como inimigo e o mérito como ferramenta para melhorar de vida, por outro eles reconhecem a importância de políticas públicas como o Bolsa Família e o Passe Livre. Para conhecer melhor este trabalho, o Instituto Casa da Cidade convidou Jordana Dias Pereira, socióloga que contribuiu com a pesquisa da Fundação Perseu Abramo, para apresentá-lo em debate na próxima quinta-feira, 20/04, às 19h. Os professores Eduardo Marques (Centro de Estudos da Metrópole/FFLCH-USP) e Pablo Ortellado (EACH-USP) comentarão os dados. A mesa será coordenada por Nabil Bonduki, professor da FAU-USP e diretor-presidente do nosso instituto. Não perca!
Além da crescente desvalorização salarial e perda de direitos, os servidores da Prefeitura de São Paulo, tal como os demais funcionários do setor público no país, vêem-se ainda mais ameaçados em suas condições de vida e manutenção de suas carreiras, em razão das perspectivas da anunciada Reforma da Previdência e da
Em vista disto, para aprofundarmos nosso conhecimento sobre a situação e nos prepararmos para a necessária resistência a mais prejuízos e violações que se prenunciam, a Anis está chamando a todos para um Seminário sobre a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, aí incluído o problema das Terceirizações, e seus impactos sobre o servidor e os serviços públicos.
Também debateremos o andamento das negociações salariais com o novo governo, quanto às reivindicações de caráter geral e as referentes aos servidores de Nível Universitário.
Neste momento, a participação de todos é decisiva e indelegável. Convoque seus colegas e amigos. O evento destina-se a todos os servidores da Prefeitura de São Paulo e a todos que defendem o fortalecimento da previdência pública, do servidor público estável, da qualidade dos seus serviços e do seu democrático controle social.
O evento ocorrerá na sala Sérgio Vieira de Melo, subsolo da Câmara Municipal, dia 26/4, às 18 h.