Cachaça, a verdadeira preferência nacional
Dona de muitos nomes, ainda estigmatizada em sua própria terra, para muitos não é uma boa ideia, mas, também há admiradores espalhados por todo o Brasil. Com moderação e cautela é possível tomar um bom gole da “marvada”. Invenção dos tempos da colonização portuguesa no Brasil, nos antigos engenhos de açúcar, o refugo da produção era dado aos animais e aos escravos.
Os escravos, às vezes, deixavam a borra de melaço fermentar por alguns dias, criando assim a primitiva cachaça.
Pinga boa tem garantia de qualidade uai!
A AMPAQ – Associação Mineira dos Produtores de Aguardente de Qualidade foi criada em 1988 para zelar pela qualidade da bebida no estado mineiro
Para apreciarmos a boa cachaça, é preciso muito cuidado. Muitas vezes misturada, a caninha pode pegar de surpresa quem estiver desprevenido.
Os especialistas recomendam a velha técnica de degustação: beber um pequeno gole e fazê-lo passear pela boca, bochechando um pouco e deixando, finalmente, o líquido ir para debaixo da língua. Só após esse processo podemos ingeri-lo.
Se a cachaça amargar e queimar a boca é de má qualidade. Ao contrário, se a branquinha lhe proporcionar um paladar forte, porém saboroso, é das boas.
Existem pessoas que agitam a garrafa na busca da espuma para conferir a qualidade da mesma. Esse método não é confiável, pois alguns maus produtores adicionam um pouco de detergente no “néctar dos deuses” para proporcionar essa espuma.
Pode-se beber a cachaça pura, como aperitivo ou misturada a frutas diversas: a popular batida. As melhores cachaças são envelhecidas em toneis de madeira, que possuem cor marrom ou dourada e aroma de mel ou barro.
As marcas em todo país
Entre as cachaças de renome nacional podemos citar a Havana, produzida em Salinas, dita como hors-concurs, ela é a preferida de pelo menos oito entre dez apreciadores. A Salineira, da mesma cidade, é outra que merece destaque. Pedra Azul e Montes Claros, também em Minas Gerais, são municípios com tradição e boas marcas. Além disso, no Nordeste, no Sudeste e no Centro-Oeste não é difícil encontrar produtos de boa qualidade. No Paraná destaca-se a Reserva do Patrão
Em Águas de Lindóia também é produzida uma das melhores pingas de São Paulo, a do engenho Barreiro, na pequena Cabreúva se produz também excelentes aguardentes.
Um exemplo que vem das Gerais
CAPITÃO DAS GERAES é aguardente de cana pura, obtida da destilação do mosto fermentado da cana de açúcar, em alambique de cobre, do tipo capelo, em fogo brando, contínuo e inalterado.
Filtrada e envelhecida naturalmente por período de 18 a 30 meses em tonéis de madeira, aliando-se todas as características históricas da produção artesanal, a um rigoroso padrão de controle técnico, manuseio e higiene.
Tais características asseguram a obtenção de um produto macio, de sabor e aroma singulares, autêntica representante do que de melhor se produz no gênero no Brasil.
CAPITÃO DAS GERAES é produzida na região de Amarantina, distrito de Ouro Preto e é comercializada em litros de 980 ml com box.
Marca centenária, a Ypioca existe há 156 anos
Com a situação financeira abalada, o agricultor português radicado em Recife, Dario Telles de Menezes utilizou um pequeno alambique de cerâmica que havia trazido do Velho Continente. Com a enxada, abriu covas na terra e deu início ao primeiro plantio de cana-de-açúcar da região. Nascia a Cachaça Ypioca.
São produzidos anualmente 80 milhões de litros resultantes de cana plantada em 3 mil hectares. A empresa emprega 2.400 pessoas e gera outros 7 mil empregos indiretos. São os homens e mulheres que fazem a cobertura de palha que envolve as garrafas da Ypioca. Pouco mais de 5% da produção é exportada, com o incentivo à exportação a meta é chegar a 30%. É exportada para diversos países da Ásia, Europa e também para os Estados Unidos.
A Ypioca recicla 100% dos subprodutos de suas indústrias.
Cachaça para estimular as exportações
Considerada a terceira bebida destilada mais consumida no mundo, pois ela só perde para a vodka, e para o soju (bebida coreana bastante difundida no oriente), a pinga é praticamente consumida só no Brasil.
A ideia agora é incentivar as exportações, ensinar os outros países a beber a caninha, identificando-a como produto genuínamente nacional.
Evento mineiro vai promover 700 marcas
Entre os dias 13 a 16 de julho, em Belo Horizonte, você poderá escolher a melhor maneira de beber as cerca de 700 marcas de cachaça que vão estar expostas na Serraria Souza Pinto, na III Feira e Festival da Cachaça, que reunirá 120 expositores de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Espirito Santo, Bahia, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco. O evento está sendo organizada pela Cooperativa da Cachaça, entidade que reúne os cerca de 8 mil produtores cadastrados em Minas Gerais.
Cerca de 50 mil visitantes, números estimados pelos organizadores, poderão acompanhar todo o processo de fabricação, desde a destilaria até o engarrafamento, numa minidestilaria montada dentro da feira.
Uma bala explosiva!
Lá vai uma receita de bala para cachaceiro nenhum botar defeito, faça …
Ingredientes:
1 quilo de açúcar refinado
2 copos de pinga
2 copos de água
2 pacotes de gelatina sem sabor
1 pacote de gelatina vermelha
Modo de preparar
Dissolver as gelatinas nos dois copos de água quente. Em seguida colocar a pinga e açúcar, mexer bem.
Colocar no fogo (mas não apague a chama). Volte novamente para o fogo e faça a mesma coisa até levantar fervura três vezes. Retire do fogo, coloque em uma assadeira e leve à geladeira.
No dia seguinte, corte em cubos e passe no açúcar. Sirva!
Conheça as 50 melhores cachaças do Brasil
2º Ranking Cúpula da Cachaça elegeu, em ordem de importância, os melhores rótulos; veja o que os integrantes disseram sobre cada uma delas.
veja a Reportagem do Estado de São Paulo (link)
Veja as 50 melhores cachaças de 2018 segundo a Cachaça em Revista (clique)

Confira a Cartilha Cachaça de Salinas da Escola Agrotécnica Federal de Salinas (Clique Aqui)

Lançamento do O Livro da Cachaça – “200 anos_200 cachaças – a evolução da cachaça, da Independência aos dias de hoje, contada em 200 rótulos”

Confira em PDF o Livro “200 anos_200 cachaças – a evolução da cachaça, da Independência aos dias de hoje, contada em 200 rótulos”







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