“A liberdade é sempre a liberdade para o que pensa diferente.” — Rosa Luxemburgo, A Revolução Russa (1918)

Rosa Luxemburgo (1871–1919), revolucionária marxista polonesa naturalizada alemã, foi uma das mais brilhantes pensadoras da esquerda socialista do século XX. Para ela, liberdade e socialismo eram inseparáveis — e sua visão de liberdade era profundamente democrática, crítica e radical.

Princípios da liberdade em sua visão
- Liberdade como condição da revolução: Para Rosa Luxemburgo, a revolução socialista só seria autêntica se garantisse a liberdade de expressão, de organização e de crítica, inclusive dentro do próprio movimento operário.
- Crítica ao bolchevismo: Em A Revolução Russa, ela criticou Lenin e os bolcheviques por suprimirem a democracia interna e dissolverem a Assembleia Constituinte. Para ela, isso traía o espírito da revolução.
- Democracia proletária: Defendia uma democracia baseada na participação ativa das massas, com liberdade irrestrita de imprensa, reunião e debate político.
- Contra o reformismo e o autoritarismo: Rejeitava tanto a via reformista da social-democracia quanto o centralismo autoritário do bolchevismo. Para ela, ambos negavam a liberdade real das massas.
Rosa via a liberdade não como um ideal abstrato, mas como uma prática concreta e cotidiana. Em uma carta escrita da prisão, ela afirmou:
“Permanecer um ser humano é a coisa mais importante de todas… alegrar-se com cada dia de sol, com cada bela nuvem… O mundo é tão bonito, apesar de todos os horrores.”
Essa sensibilidade humanista atravessa toda a sua obra — uma liberdade que não se limita à política, mas que abrange a dignidade, a beleza e a plenitude da vida.






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