
Darlene Glória, nome artístico de Helena Maria Glória Vianna, é uma atriz brasileira que marcou profundamente o cinema e a televisão nacional com sua intensidade dramática e trajetória pessoal singular.

São Paulo — 25 de julho de 2025
Nascida como Helena Maria Glória Vianna em 20 de março de 1940, na cidade de São José do Calçado (ES), Darlene Glória tornou-se uma das atrizes mais intensas e controversas do cinema brasileiro. Com uma carreira marcada por papéis ousados e transformações profundas, ela atravessou décadas como símbolo de entrega artística e busca espiritual. Em 2025, completou 85 anos, vivendo de forma reservada em Teresópolis.
Darlene estreou no cinema com Um Ramo para Luísa (1965), mas ganhou notoriedade com Toda Nudez Será Castigada (1973), dirigido por Arnaldo Jabor, onde interpretou com rara intensidade a personagem Geni. O papel lhe rendeu o Kikito de Melhor Atriz no Festival de Gramado, o Coruja de Ouro, e projeção internacional ao receber o Urso de Prata no Festival de Berlim.
Presente em clássicos como São Paulo, Sociedade Anônima (1965), Terra em Transe (1967) e Anjos do Sol (2006), sua atuação revelou uma atriz movida por conflitos internos e entrega absoluta ao ofício.
Na televisão, participou de novelas como Véu de Noiva (1969), O Bofe (1972), Carmem (1987) e O Guarani (1991), além de aparições em programas variados e teleteatros.
Após enfrentar depressão e dependência química nos anos 1970, converteu-se ao evangelismo, adotando o nome Helena Brandão. Atuou como pastora, gravou discos religiosos e estrelou peças cristãs. Recusou ofertas internacionais, afirmando: “Prefiro ser estrela em meu país que figurante lá fora.”
Desde 2003, vive reclusa em Teresópolis, ao lado dos filhos, longe dos holofotes. Sua filha Rebeca Brandão segue carreira como atriz e cantora. Embora recuse novos convites, o legado de Darlene Glória segue vivo na memória afetiva e artística do país.

Fonte: Memórias Cinematográficas – Por Onde Anda? Darlene Glória





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