
“Não confundamos dicionário com rede de arrastão que apanha toda a sujeira do fundo do mar. Não sobra tempo a jornalista nem a governador de estado para fazer a cata” pág 340.
Nesse livro, Napoleão reuniu suas colunas publicadas no jornal O Estado de S. Paulo.
Napoleão Mendes de Almeida foi uma figura marcante na história da língua portuguesa no Brasil. Nascido em Itaí, São Paulo, em 1911, e falecido em 1998, ele se destacou como gramático, filólogo e professor de português e latim.
Era um purista e conservador frente às mudanças linguísticas
Sobre o verbo “haver” impessoal:
“Não se deve dizer ‘haviam muitas pessoas’, mas ‘havia muitas pessoas’. O verbo ‘haver’, no sentido de existir, é impessoal e permanece no singular.”
Sobre a precisão no uso de pronomes:
“Não se deve dizer ‘entre eu e você’, mas ‘entre mim e você’. O pronome após preposição deve estar no caso oblíquo.”
Sobre o uso de “a nível de”:
“A expressão ‘a nível de’ é um modismo que se alastra como praga. Não se diz ‘a nível de educação’, mas ‘em matéria de educação’ ou ‘quanto à educação’.






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