Gilberto da Silva

Vivemos lutando contra dragões e maldades.
Nossos dragões são mistos de beleza e crueldade.
Assim como a justiça cega, o dragão transforma a alma em brasa.

Queima e teima em jogar nossos corpos no barranco da natureza morta.

Para o seu combate, nem sempre o desespero é a melhor arma e nem sempre uma arma é a melhor alternativa.
Muitas lutas devem e podem ser travadas juntando a impaciência de um centroavante de futebol com a tranquilidade de um mestre budista.

Lutar contra dragões apesar de insano pode tornar-se gratificante.
Fortalece a alma, reconstitui o espírito.
Os fortes se unem, os fracos se desesperam.
Lutar contra os fortes produz sensações estranhas, mas é como vitamina a ser tomada em cada refeição.

Brilhar, não é apenas sugar o fogo da boca draconiana, é também, e certamente, espalhar a luz de cada vitória. Seja em pequenas partículas ou numa tempestade.

Tenho amigos que vivem lutando contra a duplicidade dos dragões e com a voracidade de suas bocas ácidas. Querem de toda maneira vencer em um só golpe, quando a melhor jogada é aquela que se repete incessantemente, como o badalar de sinos em catedrais.

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