
Hoje é o dia Mundial de Luta contra a AIDS.
De acordo com Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), é muito importante diferenciar o risco oferecido pelo beijo de língua e os ‘selinhos’ ou ‘beijos sociais’. “O contato casual, de boca fechada, não apresenta qualquer risco de transmissão do HIV. Entretanto, como é possível entrar em contato com sangue durante um beijo de boca aberta e prolongado, é importante ter cuidado. O beijo de língua, por si só, pode transmitir inúmeras doenças, que vão de uma gripe, mononucleose, hepatite B e, inclusive, AIDS – em casos extremos. Apesar de não haver trabalhos comprovando a transmissão de fato da AIDS pelo beijo, com o aumento de casos de gengivite, que é uma inflamação que geralmente desencadeia sangramento, esse risco jamais deve ser descartado”.

Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) “o sucesso no controle da epidemia depende da garantia dos direitos individuais como um valor transversal às ações em saúde. É preciso que o Brasil avance a partir de uma agenda que inclua o combate à homofobia e a promoção da autonomia das populações mais vulneráveis. Políticas públicas inclusivas, no marco do Estado laico, que envolvam ações afirmativas e de visibilidade a prostitutas, gays, travestis, transsexuais, transgêneros, usuários de drogas, entre outros segmentos populacionais excluídos, serão sinérgicas às medidas baseadas nos recentes avanços científicos. A afirmação dos direitos sexuais e reprodutivos, incluindo a abertura do debate sobre a descriminalização do aborto e o combate ao preconceito institucional, contribuirão para a redução da vulnerabilidade da população brasileira à aids.”





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