“As pessoas tem fraqueza por coisas convenientes” Akira Kurosawa em Sonhos

Um filme que me impressionou profundamente foi Sonhos de Akira Kurosawa, lançado em 1990. É uma obra profundamente pessoal e visualmente deslumbrante que reúne oito segmentos inspirados nos próprios sonhos do diretor japonês. Cada episódio é uma meditação sobre temas como infância, natureza, arte, guerra e morte — tudo permeado por simbolismo e espiritualidade.

Aqui estão os oito sonhos que compõem o filme:

  1. Raio de Sol através da Chuva – Um menino presencia um casamento de raposas e é punido por isso.
  2. O Jardim dos Pessegueiros – Espíritos repreendem um garoto pela destruição de um pomar.
  3. A Nevasca – Alpinistas enfrentam uma tempestade e uma figura mística tenta seduzi-los à morte.
  4. O Túnel – Um comandante é assombrado pelos fantasmas de seus soldados mortos.
  5. Corvos – Um jovem entra nas pinturas de Van Gogh e conversa com o artista (interpretado por Martin Scorsese).
  6. Monte Fuji em Vermelho – Uma usina nuclear explode, provocando pânico e reflexão sobre a tecnologia.
  7. O Demônio que Chora – Um mundo pós-apocalíptico habitado por criaturas deformadas pela radiação.
  8. Aldeia dos Moinhos D’Água – Um vilarejo vive em harmonia com a natureza, celebrando a morte como parte da vida

A arte em Sonhos de Akira Kurosawa é representada de forma profundamente simbólica, emocional e espiritual — não apenas como expressão estética, mas como uma extensão da alma humana e da natureza.

Não é um filme fácil, assim como todos os filmes de Kurosawa, portanto, prepare e assista com calma e paciência chinesa.

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Gilberto da Silva

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