Ana,
Aqui a Condição não está nada boa. A condução, pior. O homem, este animal social ou político que você conhecia bem, aqui, na nossa miserabilidade social, cultural e política atingiu os limites da insuportabilidade.
Minha cara, receba essas palavras com um certo ar de desencanto. Não total, por que ainda sonho com o amanhã que eu não viverei. O labor aqui atingiu o limite da escravidão moderna, totalmente informatizada segue em seus guetos em metadados orientados. Como nossos heróis morreram todos de overdose, ninguém mais se suporta e se fecham em suas windows – escolha aversão, devidamente paramentados para as guerras virtuais. Para você sentir: a mais pura atividade dos homens que é pensar, está devidamente extinta.
Liberdade ainda que tardia não é projeto de ninguém. Educação, respeito coisas essenciais nem se encontra mais nos museus (que foram todos privatizados).
Cara filósofa, aqui já ultrapassamos as origens do totalitarismo. Já estamos no fim da Fundação do homem.
Então, o homem aqui segue seguindo o padrão Catão, como você bem observou: “Numquam se plus agere quam nihil cum ageret, numquam minus solum esse quam cum solus esser”.
Bem, para não cansar muito o seu descanso, fico por aqui.
Manda um abraço para o Martin e diga que tem gente aqui adorando seu período virtuoso…
Abraços do Giba.