Uma das coisas que mais gosto de fazer ao receber um jornal ou uma revista e até mesmo os livros é olhar o expediente. Lugar de informação da obra. Lugar de reconhecimento intelectual, de consideração aos direitos autorais que a cada dia que passa é raridade nas publicações. Tem sindicatos de trabalhadores que adoram não publicar o expediente, não reconhecendo o trabalho dos profissionais que ali labutaram.
Entre outros, é no expediente que encontro pessoas, personalidades que estão, que foram, que passaram e que de uma maneira ou outra emprestaram seu nome a aquela obra. Local onde podemos encontrar o nome da publicação, a editora, o endereço da Redação, telefones, e-mail, nome do Diretor, nome do editor-responsável, nome do editor-assistente, nome dos repórteres e dos colaboradores, consultoria jurídica,distribuição, nome da gráfica onde a obra foi impressa, entre outras informações que reportam à essência da obra.
O expediente é a fotografia – a selfie – do momento da publicação. Diria, a alma momentânea que se eterniza. É uma preciosidade para os historiadores que poderão em estudos posteriores analisar a obra dentro do seu contexto histórico, com amis precisão e mais dados analíticos.
O expediente, por vários motivos, estão sumindo. Falta de espaço ou falta de criatividade para transformar o expediente em uma nova atração jornalística ou comunicacional, ou por outros motivos que poderíamos numa longa lista elencar.
Mas nessa época da liquidificação da comunicação, os expedientes estão desaparecendo. Uma pena.