
Por Gilberto da Silva
Se tivéssemos um sistema partidário mais institucionalizado, com mais representação popular, portadora de uma ampla legitimidade democrática, que fosse transparente, sem clientelismo, sem patronagem, sem coronelismo; que fosse portadores de políticos que primassem pela horizontalidade; se tivéssemos mecanismos institucionais que assegurassem a responsabilidade pública e política; se tivéssemos um sistema que ouvisse mais o povo, ampliasse a participação popular, não teríamos que ter passado por Sarney, Itamar e Temer: esses nunca teriam chegado à Presidência da República. Esses políticos são outsiders, são parasitas que ficam dentro do sistema esperando uma hora para soltar os ovos da procriação. Tudo raízes fracas, cultivadas com agrotóxicos e lambuzados; são vinhotos que precisam ser reciclados. Mas ainda vivemos no reino da idiossincrasia, das nossas particularidades malandras, dos nossos personalismos, dos nossos heróis messiânicos, mitológicos….
Não importa o lado que você está, mas a maioria escolhe um lado baseada na busca de seus desejos imediatos. Escolhido o lado, não quer reflexionar, não se sujeita a exercer o raciocínio e prefere a satisfação imediata de seus objetivos doa a quem doer. Este cidadão que ser representado nas instituições políticas está sempre buscando o seu jeitinho de se dar bem, de estar bem. O problema é que a referência é sempre firmada no Eu e não no Outro. Então, focado no self esse “cidadão” só vê seu umbigo, quando vê…





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